As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (23) com perdas de mais de 2,5% nas bolsas de Nova York e Londres, contribuindo para um acumulado negativo na semana de mais de 6% no terminal norte-americano.
As previsões climáticas positivas para o avanço da colheita, os bons resultados de produtividade e o financeiro pesaram sobre os preços nos últimos dias.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve queda de 2,72% no dia, negociado a 24,29 cents/lb, com máxima em 24,98 cents/lb e mínima de 24,98 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 2,46%, a US$ 657,30 a tonelada.
“Não há previsão de chuvas no maior cinturão açucareiro do maior produtor brasileiro até pelo menos 5 de julho, o que significa que a colheita deve progredir bem”, destacou a agência de notícias Reuters sobre as movimentações do açúcar no dia.
O mercado também passou a temer menos possíveis geadas prejudiciais à safra do adoçante nas próximas semanas, como ocorreu nos últimos anos.
Além disso, o mercado tem repercutido há alguns dias que os resultados de produtividade da safra, até o momento, têm sido bastante positivos. O Brasil deve ser mais importante do que nunca nesta safra 2023/24 para o fornecimento global.
O financeiro também pesou sobre os preços durante toda a semana. O petróleo perdia cerca de 0,50% nesta tarde em meio temores com a demanda. O óleo impacta diretamente nos preços dos combustíveis e, consequentemente na decisão das usinas sobre a produção.
O dólar tinha alta leve sobre o real. Uma moeda estrangeira mais valorizada do que o real tende a desencorajar as exportações das commodities. Tecnicamente, o mercado registra uma liquidação de posições do contrato de julho, que expira nesta sexta.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar avançaram nos últimos dias no mercado interno com chuvas que impactaram a colheita. As previsões para os próximos dias, porém, são de trabalhos ocorrendo com tempo firme. Além disso, há atenção para a procura maior por determinados tipos do adoçante.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 143,66 a saca de 50 kg com valorização de 0,15%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 161,34 a saca – estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 25,87 c/lb e desvalorização de 3,69%.