O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta terça-feira (20) com desvalorização para os preços na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Setembro/23 teve queda de 465 pontos, negociado por 176,10 cents/lbp, dezembro/23 teve baixa de 435 pontos, cotado por 174,65 cents/lbp, março/24 teve desvalorização de 435 pontos, cotado por 174,65 cents/lbp e maio/24 teve queda de 415 pontos, negociado por 175,80 cents/lbp.
“As previsões de clima favorável no Brasil, que permitirão aos produtores encerrar a safra de café do país, reduzem os preços. As perdas no café arábica aceleraram na venda técnica, depois que os preços caíram abaixo das médias móveis de 100 e 200 dias”, destacou a análise do site internacional Barchart.
Além disso, o café tem preocupação com a demanda – que também pressiona as cotações. Na última semana a Bloomberg publicou que os grandes nomes da indústria estão atrasando as compras de café, utilizando o estoque e aguardando por preços mais baixos.
A informação também foi divulgada pela Cooxupé, em entrevista ao Notícias Agrícolas. O presidente da cooperativa informou que o mercado está mais travado que o habitual para época do ano, mas descartou problemas com o consumo de café acreditando em uma retomada nos próximos meses.
“Um declínio constante nos estoques de café arábica da ICE apóia os preços. Na terça-feira, os estoques de café arábica monitorados pela ICE caíram para 541.774 sacas, o menor nível em 6 meses e 3 meses”, complementa a análise internacional.
Na Bolsa de Londres, o tipo conilon também encerrou com desvalorização. Setembro/23 teve queda de US$ 13 por tonelada, negociado por US$ 2770, novembro/23 teve queda de US$ 4 por tonelada, cotado por US$ 2685, janeiro/23 tinha queda de US$ 8 por tonelada, valendo US$ 2611 e março/24 teve queda de US$ 11 por tonelada, valendo US$ 2578.
Já o café conilon tem suporte na preocupação com a oferta da Ásia, que pode ser comprometida devido ao excesso de chuva na região. Além disso, tem suporte na demanda mais aquecida com a indústria ainda optando por matéria-prima mais barata.
No Brasil, o mercado físico acompanhou e encerrou com desvalorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 3,11% em Guaxupé/MG, negociado por 935,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 1,96%, valendo R$ 1.000,00, Machado/MG teve queda de 1,06%, cotado por R$ 930,00, Varginha/MG teve queda de 3,09%, negociado por R$ 940,00, Campos Gerais/MG teve queda de 3,97%, valendo R$ 968,00 e Franca/SP teve baixa de 3,03%, negociado por R$ 960,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 2,92% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 999,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 1,89%, valendo R$ 1.040,00, Varginha/MG teve baixa de 2,91%, cotado por R$ 1.000,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 3,75%, negociado por R$ 1.028,00.