O país enfrenta uma onda de calor intensa e uma preocupante falta de chuvas, afetando não apenas a população, mas também as lavouras, especialmente as de soja. Produtores de diversas regiões, incluindo o Centro-Oeste, estão lidando com atrasos no plantio e enfrentando desafios para garantir o desenvolvimento saudável das plantas. A situação é tão crítica que alguns agricultores nem conseguiram semear a oleaginosa, enquanto outros, na expectativa de chuvas, estão com seus plantios atrasados. Alguns até tentaram, mas estão enfrentando a necessidade de replantar, reduzindo drasticamente a janela para a safrinha de milho. As previsões climáticas para os próximos dias indicam que as altas temperaturas e o forte calor persistirão, agravando ainda mais a situação.
O engenheiro agrônomo e gerente de marketing técnico da multinacional DVA Agro, Renato Menezes, destaca a gravidade da situação. “Não estamos mais falando de previsões de clima adverso para o futuro; estamos vivenciando o extremo da capacidade de algumas espécies exploradas comercialmente em suportar as adversidades, principalmente térmicas”, alerta Menezes.
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Dados publicados por várias fontes que monitoram a atividade agrícola em todo o Brasil indicam atrasos significativos no plantio em estados cruciais para a produção de grãos, como Pará, região Oeste da Bahia, Tocantins e Goiás, além do Mato Grosso. Mesmo este último, que atingiu aproximadamente 91% da estimativa de área para o período, enfrenta influências negativas severas no desenvolvimento inicial da cultura.
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Fernando Cadore, destaca a gravidade da situação nas lavouras já semeadas. “É o maior atraso da última série histórica de cinco anos. Mas, o que mais preocupa no campo são as condições das lavouras já semeadas. Altas temperaturas, chegando a 20 até 25 dias sem chuva, têm comprometido muito o desenvolvimento, causando prejuízos difíceis de mensurar e replantios para serem avaliados”, pontua Cadore.
Renato Menezes explica que altas temperaturas, como as que estão ocorrendo, afetam diretamente a capacidade de construção estrutural das plantas, comprometendo sua capacidade produtiva. Para lidar com esse estresse térmico, Menezes destaca tecnologias disponíveis no mercado, como o termorregulador Osmobetan da DVA. Esse produto, composto por uma mescla única no mercado agrícola brasileiro de componentes orgânicos, ajuda as plantas a resistirem ao calor, otimizando o uso de água e melhorando a capacidade das plantas de suportarem as condições adversas.
Em meio a esse cenário desafiador, os produtores de soja buscam alternativas para proteger suas lavouras e garantir uma safra sustentável, destacando a importância de tomar decisões assertivas e adotar tecnologias que possam ajudar as plantas a enfrentar os desafios impostos pelo clima extremo.