O pior surto de dengue registrado no Peru pode se intensificar ainda mais com o fenômeno climático El Niño trazendo chuvas torrenciais e mosquitos, levando o número de mortos este ano a mais de 200, com mais de 130.000 casos registrados, disse o Ministério da Saúde na quinta-feira.
A maioria das mortes ocorreu no norte do Peru, onde os hospitais ultrapassaram sua capacidade, trazendo de volta memórias recentes da crise de saúde sofrida pelo país durante a pandemia de coronavírus.
As autoridades de saúde do país apontaram o El Niño como um dos principais impulsionadores do aumento de casos. O fenômeno climático natural alimenta os ciclones tropicais no Pacífico, aumentando as chuvas e o risco de inundações na região.
O aumento de casos neste ano é muito maior do que um grande surto em 2017, quando também houve um El Niño.
A presidente peruana, Dina Boluarte, assinou um decreto na quinta-feira declarando um “estado de emergência” de dois meses em 18 das 24 regiões do país para permitir uma ação oficial rápida para “perigo iminente de fortes chuvas” neste ano e no próximo.
A dengue é transmitida pela picada do mosquito aedes aegypti. Seus sintomas incluem febre, dor nos olhos, cabeça, músculos e articulações, náuseas, vômitos e fadiga.
Fonte: Reuters com tradução Agrolink*
