O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta terça-feira (15) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Sem novidades, o mercado continua monitorando a colheita do Brasil e as condições climáticas continuam favorecendo a reta final da colheita, e pressionam as cotações.
Dezembro/23 teve queda de 125 pontos, negociado por 151,35 cents/lbp, março/24 teve queda de 125 pontos, valendo 152,70 cents/lbp, maio/24 teve baixa de 125 pontos, cotado por 154 cents/lbp e julho/24 registrou queda de 110 pontos, valendo 154,80 cents/lbp.
“As condições de seca no Brasil, o maior produtor mundial de café arábica, aceleraram a colheita de café do país, aumentando a oferta e reduzindo os preços”, destacou a análise do site internacional Barchart.
Mesmo que na teoria o mercado esteja precificando com base em uma oferta mais expressiva, na prática, os produtores continuam resistentes e só fecham novos negócios a medida que precisam fazer caixa. Com o custo de produção ainda elevado, boa parte dos produtores ainda esperam por uma recuperação nos preços.
Na Bolsa de Londres, o tipo conilon encerrou com estabilidade. Novembro/23 tinha queda de US$ 2 por tonelada, valendo US$ 2433, janeiro/24 teve queda de US$ 2 por tonelada, cotado por US$ 2377, março/24 teve baixa de US$ 3 por tonelada, valendo US$ 2346 e maio/24 teve queda de US$ 1 por tonelada, cotado por US$ 2335.
No Brasil, o mercado físico encerrou com ajustes nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,61% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 815,00, Machado/MG teve alta de 3,77%, cotado por R$ 825,00, Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 810,00, Varginha/MG manteve por R$ 820,00 e Franca/SP manteve a negociação por R$ 820,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 0,58% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 855,00, Guaxupé/MG manteve negociação por R$ 885,00, Varginha/MG manteve por R$ 880,00 e Campos Gerais/MG manteve por R$ 904,00.
PRÓXIMO ANO
Em plena colheita da safra 2023 de café, durante as últimas semanas algumas fotos de florada em áreas de arábica surgiram nas redes, chamando atenção de todo o setor e também levantando incertezas em relação à safra de 2024. De acordo com a Fundação Procafé, pelo menos nas áreas de atuação de pesquisa e acompanhamento, a florada abriu de forma pontual, em algumas lavouras irrigadas e não devem trazer grandes problemas para o ano que vem.