Confirmando a tendência dos últimos dias, o mercado futuro do café arábica encerrou as negociações com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Setembro/23 tinha queda de 260 pontos, valendo 159 cents/lbp, dezembro/23 tinha queda de 215 pontos, cotado por 158,10 cents/lbp, março/24 teve queda de 220 pontos, valendo 158,65 cents/lbp e maio/24 teve desvalorização de 220 pontos, negociado por 159,80 cents/lbp. No acumulado semanal, o contrato referência teve queda de 3,55%.
Em Londres, o conilon teve queda ainda mais significativa. Setembro/23 teve baixa de US$ 79 por tonelada, valendo US$ 2491, novembro/23 teve queda de US$ 83 por tonelada, cotado por US$ 2391, janeiro/24 teve baixa de US$ 80 por tonelada, negociaod por US$ 2326 e março/24 teve desvalorização de US$ 80 por tonelada, valendo US$ 2293. A referência recuou 6,91% no acumulado dos últimos dias.
O mercado do café tem pressão da colheita do Brasil. Os trabalhos ganharam ritmo nos últimos dias e sem previsão de frio intenso ou geada nos próximos dias, o cenário é baixista para os preços.
“A Somar Meteorologia disse na segunda-feira: “O tempo seco continua a predominar na maior parte das áreas produtoras (do Brasil) e permanecerá favorável para as atividades de colheita ao longo desta semana””, acrescenta a análise do site internacional Barchart.
Ainda de acordo com a análise, os preços não recuaram mais porque continuam com suporte na redução dos estoques certificados, que caíram para 541.139 sacas, o menor nível em 7 meses, recuperando-se levemente para 544.915 sacas na sexta-feira. Enquanto isso, os estoques de café robusta monitorados pela ICE na segunda-feira caíram para uma nova baixa de 3 meses e meio de 7.335 lotes, mas se recuperaram ligeiramente para 7.395 lotes na quinta-feira.
Depois de um período perdendo certo espaço no mercado internacional, o cenário para o café conilon do Brasil deve começar a mudar nos próximos meses. Após uma baixa significativa nas exportações, o café conilon brasileiro volta a ser o mais competitivo do mercado.
No Brasil, o mercado físico encerrou com desvalorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,78% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 830,00, Machado/MG teve queda de 2,37%, cotado por R$ 825,00, Varginha/MG teve baixa de 2,33%, negociado por R$ 840,00 e Franca/SP teve baixa de 2,30%, valendo R$ 850,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 1,63% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 905,00, Varginha/MG teve queda de 2,17%, negociado por R$ 900,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 1,60%, valendo R$ 923,00.