Com expansão da seca nos EUA, chuvas e temperaturas amenas previstas são ainda esperadas no Corn Belt

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A expansão da seca ainda é uma preocupação para a safra 2023/24 nos Estados Unidos e, até o último dia 27 de junho, os mapas mostravam um percentual ainda maior de áreas de cultivo com soja e milho no país sob alguma condição de seca, como mostraram as imagens divulgadas nesta quinta-feira (29) pelo Drought Monitor. 

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Para ambas as culturas, o aumento na semana foi de 6%. Assim, são 70% das áreas de milho norte-americano sob alguma condição de seca, contra 64% da semana anterior. Na soja, o índice saltou de 57% para 63%. Os mapas abaixo refletem as condições para o cereal e a oleaginosa e refletem o quadro em 27 de junho. 

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“No mapa desta semana, mais uma vez, houve piora nas condições, com algumas localidades do Meio-Oeste já em condições de seca extrema”, explicou o time da Agrinvest Commodities. A imagem abaixo mostra o mapa da região reportada nesta quinta 

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Ainda de acordo com as informações levantadas pelo monitor, boas chuvas chegaram a partes de Ohio e do Kentucky promovendo algumas melhoras, no curto prazo, para áreas que sofrem com essa seca. No entanto, “a maior parte da região continuou registrando iguais ou piores na última semana, especialmente em Indiana, Illinois, Missouri, sudoeste de Wisconsin, sudeste de Minnesota e sudeste de Iowa.

“O clima quase completamente seco no Missouri e nos dois terços do sul de Illinois levou a degradações generalizadas, onde o fluxo de água e a umidade do solo continuaram a diminuir em meio a crescentes déficits de precipitação, criando problemas potenciais para a produção de milho e soja nesta estação de crescimento”, informou o Drought Monitor.

Apesar destas condições bastante preocupantes, algumas chuvas já começaram a se confirmar nos Estados Unidos, em áreas importantes de produção, em especial no estado de Illinois. E as previsões continuam a indicar condições melhores para os próximos dias. 

Os mapas atualizados indicam chuvas mais volumosas e mais bem distribuídas para as próximas semanas, principalmente a partir dos dias 2 e 3 de julho. O mapa abaixo traz, pelo NOAA – o serviço oficial de clima do governo americano -, a previsão de chuvas para os Estados Unidos nos próximos sete dias, no intervalo de 30 de junho a 7 de julho. 

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Previsão de chuvas para os próximos 7 dias nos EUA – Mapa: NOAA

E nos mapas mais alongados, as condições esperadas são ainda melhores. No entanto, é claro, precisam se confirmar para começar a promover uma recuperação efetiva das lavouras norte-americanas. Para os próximos 6 a 10 dias – de 5 a 9 de julho – as temperaturas deverão ficar mais amenas, como mostra a primeira imagem, e as chuvas acima da média, ilustrado no segundo mapa. 

Clima nos EUA 6 a 10 dias (2)
Clima nos EUA 6 a 10 dias (2)
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Probabilidade de chuvas nos EUA entre 5 e 9 de julho – Mapa: NOAA

Para o intervalo seguinte, nos próximos 8 a 14 dias – de 7 a 13 de julho – as condições esperadas são semelhantes. 

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Probabilidade de temperaturas nos EUA entre 7 a 13 julho – Mapa: NOAA
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Probabilidade de chuvas nos EUA entre 7 a 13 julho – Mapa: NOAA

Essa melhora esperada para o clima nos Estados Unidos tem exercido severa pressão sobre os futuros dos grãos negociados na Bolsa de Chicago. As três primeiras sessões desta semana foram de perdas agressivas, mas nesta quinta-feira o dia foi de recuperação e alguma correção técnica na soja. Os futuros da oleaginosa encerrara o dia com ganhos de 0,75 a 6,75 pontos nos contratos mais negociados, levando o agosto a US$ 13,67 e o novembro a US$ 12,65 por bushel. Já o milho seguiu sua trajetória de queda e terminou a sessão perdendo mais de 1% na CBOT. 

“Continua chovendo nos EUA. São chuvas leves, não são chuvas fortes, mas está dando umidade. E como as lavouras estão no começo, há fôlego para recuperar. É provável que no novo relatório de condições de lavoura do USDA veremos lavouras melhores e é por isso que o mercado está se protegendo. Ele recuou muito nos últimos dias e hoje tentou formar uma base forte. O novembro, que é o mês mais importante, consegue segurar os US$ 12,50”, explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze. 

Caso este contrato ceda ainda mais e perca os US$ 12,50, pode voltar aos US$ 12,00 e, ainda de acordo com o consultor da Brandalizze Consulting, “os US$ 12,00 são um suporte fraco. Então, pode cair mais se tiver alguma notícia de evolução muito boa no relatório de qualidade das lavouras”. 

O especialista reforça que o mercado espera também pelo novo boletim que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta sexta-feira (30), com a atualização dos dados de área que também poderiam trazer algum direcionamento aos mercados. 

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