Na Bolsa de Mercadorias de São Paulo o milho teve nova queda de 0,77%, pressionado pela safra recorde que se avizinha, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Como dissemos ontem, a alta de terça-feira não era sinal de reversão dos preços para cima, mas apenas um movimento técnico de tomada de lucros. Hoje o mercado retomou a trajetória de queda, muito pressionado pelas perspectivas cada vez mais concretas de uma super safrinha de inverno, que começa a ser colhida”, comenta.
“Por outro lado, continua a total falta de demanda para o que resta deste semestre, embora estejam aparecendo negócios para o próximo semestre. Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa: o vencimento maio/23 fechou a R$ 666,05, baixa de R$ -1,21 no dia e baixa de R$ -2,93 na semana; julho/23 fechou a R$ 65,25, baixa de R$ -0,38 no dia e baixa de R$ -3,36 na semana; o vencimento de setembro/23 foi de R$ 66,76, baixa de R$ -0,50 no dia e baixa de R$ -3,20 na semana”, completa a consultoria.
Na Bolsa de Chicago o milho fechou em baixa com bons números para a semeadura na América do Norte. “A cotação de maio fechou em baixa de -0,77% ou $ -5,00/bushel a $ 641,50. A cotação para julho 2023, início da nossa safra de inverno, fechou em baixa de -1,11% ou $ -6,75 bushel a $ 601,00”, indica.
“O milho continua em queda na bolsa de Chicago. As baixas vendas externas e a indicação de redução na produção de etanol no comparativo semanal pressionaram a cotação nessa quarta-feira. Nesse mesmo sentido, o bom avanço do plantio nos EUA, acima da média dos últimos 4 anos e a previsão de plantio da StatsCan, no Canadá, maior que o ano anterior e acima do esperado pelo mercado dão tranquilidade na oferta de grãos e pressionam as cotações”, conclui.