No decorrer desta semana, a formação de um ciclone deve reforçar as condições de chuvas no centro-sul do país, ao mesmo tempo que impulsiona a massa de ar frio pelo interior do continente – subindo pelo norte da Argentina, Paraguai e Bolívia.
Este ciclone – região de baixa pressão – deve se formar no decorrer de quinta-feira (15) e sexta-feira (16). Sendo o resultado do aprofundamento de uma área de baixa pressão na região Centro-Oeste, indo em direção ao oceano, na costa do Sul e Sudeste.
O fenômeno deve reforçar as instabilidade já presentes em função da atuação da frente fria e trazer chuvas com volumes acima dos 200 mm entre a região sul e sul do sudeste. Além disso, o sistema ajuda a impulsionar a massa de ar polar que está na metade sul do continente.
O frio deve chegar até áreas do Acre, Rondônia e Mato Grosso, causando o fenômeno da friagem. Também existe a possibilidade de geadas generalizadas sobre o Paraguai, que devem atravessar a fronteira e atingir o Mato Grosso do Sul.
VEJA O MAPA E AS TABELAS DE PREVISÃO:
Sul
No decorrer da semana, as chuvas devem se concentrar no leste da região. Os acumulados podem superar os 200 mm em áreas dos três estados. Essa condição é resultado da formação de um ciclone entre a costa do Sudeste e da região Sul, que deve reforçar as condições de chuvas na região. Pontualmente, isso deve atrapalhar as atividades em campo, mas é um cenário positivo para a reposição de umidade no solo.
Sudeste
A formação de um ciclone nesta semana, deve reforçar as instabilidades sobre a metade sul e costa sudeste. Com destaque para o sul de São Paulo onde os acumulados podem superar os 180 mm. Contudo, a metade norte, ainda segue com a influência de um bloqueio atmosférico, que impede a chegada de umidade e a formação das nuvens carregadas. Este comportamento é mais acentuado no extremo norte da região, onde as lavouras sentem os efeitos da falta de chuvas. Em relação às temperaturas o ar frio deve avançar com mais força, somente na próxima semana.
Centro-Oeste
A influência de uma frente fria e o reforço das chuvas causado pela formação do ciclone, deve levar muitas instabilidades para o Mato Grosso do Sul, com boa distribuição das chuvas (30 a 75 mm). Neste momento, as atenções vão para o avanço de uma massa de ar frio pelo interior do continente, que deve derrubar as temperaturas no oeste do Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso. Há potencial para formação de geadas entre os dias 15 e 16 na fronteira com o Paraguai.
Nordeste
Seguindo um comportamento típico da época do ano, as chuvas se concentram na faixa norte e leste da região. As instabilidades ocorrem de forma intermitente, sobretudo nas áreas do SEALBA, o que deve atrapalhar pontualmente as operações em campo. Por outro lado, a persistência do tempo seco com tardes muito quentes, segue comprometendo a qualidade das lavouras no centro e oeste da Bahia.
Norte
O grande destaque na região norte é a possibilidade do fenômeno de Friagem com o avanço da massa de ar polar no corredor central do continente – subindo pelo Paraguai e Bolívia. A previsão indica um amanhecer de sábado (17) com temperaturas próximas dos 15°C no Acre e em Rondônia. As chuvas mais volumosas se concentram no extremo norte da região, ao passo que áreas do Tocantins terão o predomínio de tempo seco e quente.
