A produção brasileira de grãos para a safra 2023/2024 é estimada em 316,7 milhões de toneladas, conforme revelado pelo 2º Levantamento da Safra de Grãos divulgado hoje pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, a previsão indica uma ligeira queda de 1,5% ou 4,7 milhões de toneladas em relação à safra anterior.
Com a semeadura avançando no início de novembro, as atenções se voltam para a evolução das lavouras. O percentual de área semeada está abaixo do observado no mesmo período da safra anterior, devido ao excesso de chuvas nas Regiões Sul e Sudeste, e às baixas precipitações no Centro-Oeste.
A segunda estimativa revela um crescimento de 0,5% na área cultivada, atingindo 78,9 milhões de hectares. O presidente da Conab, Edegar Pretto, destaca a expectativa de uma potente safra de grãos no país, mesmo diante das questões climáticas provocadas pelo El Niño. As informações levantadas indicam a possibilidade de ter a segunda maior produção de grãos da história brasileira.
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Em relação às principais culturas, a soja é prevista para atingir uma produção de 162,4 milhões de toneladas, com um crescimento de 2,8% na área a ser semeada, consolidando o Brasil como o maior produtor mundial. Para o milho, há uma redução de 5% na área total cultivada, com uma produção estimada de 119,1 milhões de toneladas.
O algodão, por sua vez, espera um crescimento de 4,2% na área semeada, resultando em uma produção de 3,04 milhões de toneladas de pluma. No setor do arroz, a expectativa é de crescimento de 5,2% na área semeada, com uma produção estimada de 10,8 milhões de toneladas. Para o feijão, prevê-se um crescimento de 3,3% na área total semeada, com a produção total no país alcançando 3,1 milhões de toneladas.
Apesar dos desafios climáticos, a utilização de modelos estatísticos e informações de campo permite à Conab vislumbrar um cenário otimista para a produção de grãos no Brasil. O país se mantém como um protagonista global na produção agrícola, impulsionando o setor e contribuindo para a segurança alimentar mundial.
Os dados foram divulgados pela Conab