Irrigação, Pró-Milho e safra na pauta da reunião da Câmara Setorial do Milho

A Câmara Setorial do Milho se reuniu, na terça-feira (15), de forma presencial e virtual. Na pauta, diversos assuntos ligados ao setor como projeção de safra, projeto de milho irrigado em terras baixas, Programa Pró-Milho e projetos de irrigação, entre outros.

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) apresentou os resultados do Programa Pró-Milho, criado em 2020 com o objetivo de incentivar, fomentar e coordenar ações que aumentem a produção e a qualidade do milho no Estado do Rio Grande do Sul. Desde julho de 2020, em parceria com a Emater-RS/Ascar, foram atendidos, em média, cerca de 20 mil produtores/ano, além de capacitações, orientação na elaboração de projetos, seminários, reuniões técnicas e dias de campo.

A meta do programa para este segundo semestre de 2023 é atender 10.640 produtores, apoiar a elaboração de 250 projetos e realizar atendimentos nas áreas de irrigação e secagem para 1.120 produtores gaúchos. “O programa é dos parceiros, toda a cadeia produtiva deve estar envolvida no Pró-Milho”, destaca o engenheiro agrônomo Valdomiro, assessor técnico da Câmara Setorial do Milho.

Outro programa recém lançado pelo governo do estado e em execução pela Seapi é o de irrigação, através do programa Supera Estiagem (https://www.agricultura.rs.gov.br/supera-estiagem-editais). Vão ser destinados R$ 20,2 milhões para projetos de irrigação e distribuição de água, com subvenção de 20% limitados ao teto de R$ 15 mil por requerente. A previsão é de que 1.350 produtores rurais sejam atendidos pelos recursos, aumentando a área irrigada em cerca de 5 mil a 6 mil hectares.

Durante a reunião da Câmara, a Emater-RS/Ascar apresentou as expectativas para a safra de milho grão 2022/2023. De acordo com o engenheiro agrônomo Alencar Rugeri, a área plantada será de 810 mil hectares, a produtividade média ficará em torno de 4.440 kg/há e a produção total será de 3 milhões 597 mil toneladas. “Existe uma linha de tendência de diminuição da produtividade ao longo dos últimos seis anos, com exceção de um ano atípico, o que é preocupante para a cadeia”, alerta Rugeri.

De acordo com Ricardo Meneghetti, presidente da Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho), “o número de venda de sementes tem diminuído bastante, o que está nos preocupando, porque o produtor tem visto as dificuldades com a seca e pensa no risco de produzir e se o preço vai valer a pena”. Outra questão, destaca, é a cigarrinha do milho, que necessita de muitas aplicações para ser combatida. A atenção ao monitoramento de pragas nas culturas de primavera-verão, especialmente a cigarrinha do milho, está nas recomendações do Boletim Trimestral Copaergs, coordenado pela Seapi (https://www.agricultura.rs.gov.br/boletim-copaaergs-lista-recomendacoes-para-lidar-com-el-nino-no-proximo-trimestre).

A diretora técnica do Instituto Rio Grande do Arroz (Irga), Flávia Tomita, apresentou o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Instituto sobre “Milho Irrigado em Terras Baixas”, em rotação com a cultura do arroz. O experimento foi feito em cinco estações e a maior produtividade foi em Santa Vitória do Palmar, de 18,40 ton/ha. Tomita destaca, no entanto, que essa produtividade varia de região para região. Os experimentos devem ser repetidos na próxima safra.

Eventos

Rodrigo Rizzo, da Farsul, destacou o sucesso do programa Duas Safras, desenvolvido pela entidade, que atendeu 2.200 produtores rurais em 2022. E convidou a todos para o evento que irá ocorrer no dia 12 de setembro, em Carazinho.

Já o pesquisador da Embrapa, Giovani Thisen, falou sobre a 3ª Misosul, Reunião Técnica Sul-Brasileira de Pesquisa de Milho e Sorgo, organizada pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que vai acontecer entre 10 e 12 de setembro, em Pelotas. Na pauta do encontro, qualidade do solo, manejo de cigarrinhas e bioinsumos em milho e sorgo, entre outros temas.

 

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