As aquisições dos macronutrientes pelo Brasil no mercado internacional começam a diminuir, porém há atraso nas compras para a safrinha, principalmente de nitrogenados, e relatos de atraso no desembarque no porto causado pelas chuvas. No mercado de nitrogenados, a Índia fechou a importação de 1,6 milhão de toneladas de ureia, e agora as atenções estão voltadas para o Brasil, para as aquisições para a safrinha que estão atrasadas, e para Europa que adquire o macronutriente para o plantio do trigo, cuja demanda está mais fraca que o normal.
A estimativa é de que o próximo leilão indiano de compra aconteça em dezembro. Com a demanda global enfraquecida, a tendência é de preços arrefecidos, porém, no caso do Brasil, dado o atraso na compra para a safrinha, pode haver concentração na compra e sustentar preço mesmo com eventuais quedas de preços no mercado internacional. Além disso, com as chuvas
nos portos, já é relatado atraso no desembarque de fertilizantes, e eventuais postergações nas compras podem causar maior tempo nas entregas.
Nos fosfatados, a demanda continua enfraquecida com o Brasil atrasado para compras de safrinha e Europa diminuindo as aquisições com o clima desfavorável para aplicação. Porém, do lado da oferta, a China, um dos principais países produtores, está com a capacidade de produção diminuída e ainda com as quotas de exportações vigentes, o que pode reduzir a oferta global. Por fim, os EUA diminuíram as taxas de importação dos fosfatados marroquinos, e as indústrias locais estão avaliando o impacto da medida.
Os preços dos potássicos têm diminuído com a redução das aquisições dos dois principais países demandantes neste período, Brasil e Índia. Do lado da oferta, sem novidades, coma produção dentro da normalidade.