A segunda-feira (18) chega ao final com os preços futuros do milho registrando movimentações no campo misto da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 72,45 e R$ 76,45.
O vencimento janeiro/24 foi cotado à 72,45 com queda de 1,15%, o março/24 valeu R$ 76,45 com perda de 0,44%, o maio/24 foi negociado por R$ 75,70 com alta de 0,09% e o julho/24 teve valor de R$ 73,60 com ganho de 0,27%.
De acordo com a análise da Agrinvest, “a queda do dólar e Chicago, assim como a perspectiva de melhora das condições climáticas para diversas regiões do Brasil colaboraram para um cenário de queda para os futuros de milho negociados na B3”.
Por outro lado, a consultoria destaca que “mesmo assim, o contrato de março/24 continua se sustentando nas máximas de abril, com o mercado avaliando a oferta restrita de milho disponível para o curto prazo e já de olho na redução da produção do milho 2ª safra do próximo ano”.
Ao término da segunda semana de dezembro, o Brasil já havia embarcado 3.684.573,3 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) para exportação, de acordo com o reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso já representa 59% do total exportado em dezembro de 2022 (6.244.707,6 toneladas).
Com isso, a média diária de embarques nestes 11 primeiros dias úteis do mês ficou em 334.961 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representou elevação de 18% com relação as 283.850,3 do décimo segundo mês de 2022.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho subiu neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não identificou desvalorização em nenhuma das praças e percebeu valorizações em Pato Branco/PR, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Sorriso/MT, Dourados/MS e Luís Eduardo Magalhães/BA.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que os preços do milho seguem em alta na maioria das regiões acompanhadas pela instituição.
Próximo dos R$ 70/saca de 60 kg, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) acumula valorização de 9% na parcial de dezembro (até o dia 14).
“A forte retração de vendedores, que seguem preocupados com o clima e com os possíveis impactos sobre a oferta dos próximos meses, tem mantido o ritmo de negócios lento no spot nacional. Do lado da demanda, parte dos consumidores mostra necessidade de repor estoques, sobretudo para este final de ano, ao mesmo tempo em que as exportações estão aquecidas”, segundo pesquisadores do Cepea.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro encerraram a segunda-feira com movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento março/24 foi cotado à US$ 4,77 com desvalorização de 6,00 pontos, o maio/24 valeu US$ 4,89 com perda de 5,75 pontos, o julho/24 foi negociado por US$ 4,99 com queda de 5,25 pontos e o setembro/24 teve valor de US$ 5,01 com baixa de 4,00 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (15), de 1,24% para o março/24, de 1,21% para o maio/24, de 0,99% para o julho/24 e de 0,79% para o setembro/24.
Segundo informações da Agrinvest, as cotações do milho internacional recuaram nesta segunda-feira acompanhando os movimentos de baixas vindas dos preços do milho na China.
“O preço do milho em Dalian bateu a mínima de 3 anos no pregão de hoje. A China teve um crescimento de 4% na área cultivada com milho nesta temporada e aponta para uma produção recorde de 288 milhões de toneladas”, apontou a consultoria.