Rações de alta tecnologia, formuladas com aditivos funcionais, são aliadas dos piscicultores para enfrentar o período desafiador da troca de estação, marcada pela transição do frio para o calor nas regiões Sul e Sudeste, e da elevação das temperaturas historicamente já quentes no Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Para ampliar a absorção de nutrientes e contribuir com a imunidade dos peixes, especialistas indicam o uso de soluções biotecnológicas, como prebióticos, probióticos, mananoligossacarídeos (MOS), complexo de enzimas, minerais orgânicos, ácidos orgânicos e vitamina C. Além dos benefícios à saúde dos animais, dietas com esses componentes melhoram a produtividade e a lucratividade dos produtores, pois favorecem o desempenho dos animais.
“É preciso cuidar da nutrição nessa fase porque os peixes são pecilotérmicos, cuja temperatura corporal varia de acordo com o meio”, explica o engenheiro de pesca Diego Viana, supervisor comercial e técnico de aquacultura da Guabi Nutrição Animal. “O metabolismo deles fica mais lento no frio e acelerado quando aumenta a temperatura, o que traz alguns benefícios, como maior consumo de ração e melhor absorção de nutrientes. Em contrapartida, o calor favorece o crescimento de bactérias patogênicas no ambiente, como Streptococcus, Aeromonas e Lactococcus, que provocam alta mortalidade, gerando prejuízos econômicos na aquicultura”, detalha.
Pioneira na produção de rações extrusadas para peixes no Brasil e parceira de pesquisas desenvolvidas em universidades, a Guabi disponibiliza ao mercado rações com tecnologias inovadoras para que os produtores tenham um melhor desempenho de seus animais e, consequentemente, um ambiente com menor desafio microbiológico. Das rações iniciais até as de terminação, todos os produtos do portfólio da empresa – como as linhas Guabitech, Pirá e Pirá Evolution – contêm aditivos funcionais voltados à melhor performance dos peixes no período de maior desafio. “Trabalhamos com vários aditivos para garantir maior absorção dos nutrientes, para que os peixes cresçam com conversão alimentar menor e sobrevivência maior. O objetivo é sempre produzir mais com menor custo e com menor impacto ambiental”, aponta Viana.
Faixa de conforto
O engenheiro de pesca ressalta que os piscicultores devem ajustar a alimentação dos animais ao longo do período de transição do frio para o calor, fornecendo rações de alta qualidade e conforme as recomendações dos profissionais que monitoram a criação. “Orientamos os produtores a fornecer a ração levando em consideração a temperatura da água do cultivo, já que, quando fornecida dentro da faixa de conforto térmico dos peixes, eles conseguem absorver melhor os nutrientes da ração”, explica Viana.
Segundo o supervisor da Guabi, outro motivo que reforça a importância do cuidado com a nutrição dos peixes é que nesse período de mudança de estação começam a ser feitos os maiores povoamentos, já pensando na Semana Santa, época de maior venda de pescados. “Temos que nutrir muito bem os peixes, fornecendo a ração em quantidade e qualidade adequadas para ampliar a absorção e favorecer a imunidade dos animais, preparando-os para o período maior de desafio. Se o produtor não fornecer a ração ideal, no horário e em quantidades apropriadas, terá sérios problemas com as altas temperaturas”, alerta o engenheiro de pesca.