SÃO PAULO (Reuters) – A colheita de café do Brasil no ano que vem foi estimada entre 69 milhões e 71 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de até 6,5% na comparação com a de 2023, estimou nesta quinta-feira a consultoria Safras & Mercado.
A produção de grãos arábica do maior produtor e exportador global foi estimada entre 46 milhões e 47 milhões de sacas, ante 43,5 milhões em 2023/24, segundo a Safras.
Já a colheita de café canéfora (robusta/conilon) foi prevista entre 23 milhões e 24 milhões de sacas, ante 23,15 milhões de sacas em 2023/24.
Com isso, há potencial para uma safra total de café similar ao recorde de 2020, muito por conta da melhora na produção de conilon no comparativo entre os dois períodos, disse o consultor de Safras, Gil Barabach.
“As boas floradas e as chuvas ao longo da primavera geram bastante otimismo em torno da safra brasileira 2023/24”, afirmou ele, em nota.
“Mas esse potencial (2024) para se confirmar depende que o clima continue favorável. E ainda tem muita coisa para ser definida. O primeiro ponto de dúvida é o efeito das altas temperaturas e baixa umidade em novembro sobre o desenvolvimento das lavouras”, completou.
O consultor comentou que os modelos meteorológicos apontam para bons volumes de chuva acumulada no mês de dezembro nas áreas de café do Brasil. E que a umidade deve aumentar entre os meses de janeiro e fevereiro, com a chegada do verão.
“Isso é uma boa notícia para granação da safra 2024. É um cenário de clima bastante favorável, que daria sustentação ao bom desenvolvimento das lavouras e potencializa uma safra novamente cheia em 2024”, indica.
(Por Marcelo Teixeira e Roberto Samora)