Por Marcelo Teixeira e Gabriel Araujo
NOVA YORK (Reuters) – A produção de café no Brasil, o maior exportador do mundo, foi projetada nesta terça-feira em um recorde de 74,24 milhões de sacas de 60 kg na temporada 2024/25, superando a melhor marca anterior registrada em 2020/21, disse a empresa de consultoria e gestão de riscos hEDGEpoint Global Markets.
Em relatório, a empresa afirmou que a produção de café arábica no próximo ano deverá atingir 48,31 milhões de sacas, acima de sua previsão anterior de 47,63 milhões de sacas.
A produção de robusta/conilon foi projetada para saltar para 25,93 milhões de sacas, em comparação com as 23,28 milhões de sacas previstas anteriormente.
A projeção é uma das primeiras no mercado até o momento para a safra do próximo ano. A maioria dos analistas espera uma produção maior em 2024/25 em comparação com a safra atual, mas nem todos acham que a produção poderá ser recorde, superando a grande safra de 2020/21.
A analista do hEDGEpoint Natalia Gandolphi disse no relatório que a produção de robusta no Brasil aumentará acentuadamente com o bom desenvolvimento dos cafezais no Estado do Espírito Santo, apesar de um recente período de seca.
Ela afirmou que as recentes temperaturas extremamente altas tiveram apenas um impacto limitado sobre a produção de arábica.
Com a revisão da safra brasileira, a corretora espera que o balanço da oferta global de café tenha um excedente de 3,38 milhões de sacas em 2024/25, contra um déficit de 1,5 milhão de sacas em 2023/24.
