BUENOS AIRES (Reuters) – A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BdeC) reduziu nesta quinta-feira sua estimativa para a safra de milho 2022/23 da Argentina para 34 milhões de toneladas, contra 36 milhões na previsão anterior, por menores rendimentos devido às condições climáticas adversas.
Particularmente na zona centro-norte da província de Córdoba e no sul de Córdoba, os resultados foram significativamente diferentes das projeções anteriores, o que levou a instituição a ajustar a projeção de produção.
“Depois de uma semana sem chuva e da passagem de uma frente fria, foi possível avançar com a colheita das praças tardias… e em grande parte da área agrícola”, disse a BdeC, acrescentando que a colheita havia atingido 43,6% da área estimada, com rendimentos médios que continuam muito abaixo das médias.
Por outro lado, a área plantada com trigo 2023/24 deverá somar 6,1 milhões de hectares, versus estimativa anterior de 6,3 milhões, adiantou o BdeC.
“A projeção de área para a campanha 2023/24 sofre uma redução de 200 mil hectares em relação ao nosso relatório anterior”, apontou.
“A falta de umidade no centro-oeste da região agrícola durante a janela de plantio, agravada pela ausência de previsões de precipitação para a próxima semana, impede a realização da semeadura e provoca uma diminuição da projeção da área”, acrescentou.
Por sua vez, a safra de soja 2022/23 está em sua reta final, registrando um atraso de 0,6 ponto percentual em relação ao ano anterior, com uma produção acumulada de 20,8 milhões de toneladas, disse o relatório.
“Ainda restam 88,4 mil hectares a serem colhidos… Diante desse cenário, mantemos nossa projeção de produção em 21 milhões de toneladas”, afirmou.
(Reportagem de Walter Bianchi)