Segundo dados do Boletim Semanal divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), observa-se uma preocupação significativa com a degradação da qualidade do trigo no Brasil, influenciada principalmente pelas condições climáticas adversas, como chuvas volumosas na região Sul, cenário que veio impedindo os avanços mais expressivos na colheita do cereal.
No Rio Grande do Sul, um dos principais estados produtores de trigo do país, a colheita tem enfrentado desafios devido às chuvas intensas, que têm restringido as operações. Nas áreas do Alto Uruguai e das Missões, a colheita está quase concluída, enquanto no Planalto Superior, ela se encontra no estágio mais apropriado. Contudo, a qualidade do trigo colhido nessas regiões não está atendendo aos padrões desejados, o que é uma preocupação para os produtores.
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No Paraná, outro estado chave na produção de trigo, a colheita está em fase de finalização. Nota-se, porém, uma incidência notável de triguilho, que é trigo de qualidade inferior, e a presença de micotoxinas nos grãos, que são substâncias tóxicas produzidas por fungos, representando um risco para a saúde e reduzindo o valor comercial da produção.
Em Santa Catarina, as chuvas recentes levaram à suspensão temporária da colheita. A produtividade do trigo nesse estado está mostrando variações consideráveis, e a ocorrência de triguilho também é significativa.
Praticamente todo o trigo do Brasil está maduro e pronto para ser colhido no momento mais oportuno. O final da safra está consideravelmente mais próximo do que o registrado na safra de 2022/23.
Isso vem ocorrendo muito em função do encurtamento do ciclo do trigo e das condições adversas nas regiões produtoras, em função das chuvas excessivas.
- No Rio Grande do Sul, houve um aumento considerável na colheita em comparação com a semana anterior, subindo de 82% para 90%.
- O Paraná, tecnicamente, finalizou a colheita, passando de 92% para 99% na última semana.
- Em Santa Catarina, observa-se o maior salto percentual, com a colheita avançando de 52% para 71% em uma semana, um aumento expressivo de 19%.
A análise é do meteoreologista, Gabriel Rodrigues com informações no boletim de Progresso de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
Revisão Aline Merladete