Por conta do fenômeno do El Niño, as temperaturas no Brasil devem subir excessivamente em quase todo o Brasil. Em Mato Grosso, a onda de calor ganhou força, nesta semana, podendo chegar a atingir temperaturas entre 43ºC e 48ºC em diversos pontos de Mato Grosso
As altas temperaturas se juntam ao ar seco típico deste período do ano oferecendo riscos à saúde humana. Mas outra preocupação é com a pecuária em Mato Grosso.
Para o diretor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi, o gado pode sofrer seriamente com essa onda de calor. “O calor excessivo impacta negativamente no desempenho dos animais. Mesmo os animais que são mais bem adaptados a essas condições, no caso os zebuínos, tem um desempenho menor, diminuindo a ingestão de alimentos e consequentemente o ganho em peso.”
O gado zebuíno, como das raças Nelore, Brahman, Cangaian, Gir, Guzera, Sindi e Tabapuã, apresentam melhor resistência. Porém com essas altas temperaturas, o animal que não tiver um ambiente adequado de sombreamento, pode sofrer de desidratação e perda de apetite.
A Acrimat destaca alguns pontos que o pecuarista precisa ficar alerta neste momento, como deixar os animais em pastos com maior sombreamento e revisar e limpar os bebedouros para que os animais tenham acesso a água limpa e fresca a qualquer hora. “Além disso, evite manejar os animais. Mudança de pasto, manejo no curral ou embarque causam maior estresse no animal. Caso isso seja necessário, escolha as horas mais frescas do dia”, destaca Manzi.
Para o transporte em veículos, a orientação é que os motoristas viagem no final da tarde ou à noite. Durante o dia, se for necessário o transporte, o pecuarista deve orientar o motorista para que estacione o veículo de transporte em locais sombreados e ventilados.