No contexto atual da safra agrícola 2023/2024, a circular nº 05 da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA) aponta o sorgo como uma opção cada vez mais atrativa para os produtores rurais. As informações são da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia. Segundo informações recentes, o sorgo está ganhando terreno e mostra-se como uma alternativa significativa em relação ao milho, evidenciando um crescimento expressivo de 190 mil hectares, representando um aumento de 12% em comparação à safra anterior.
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Este movimento de substituição do milho pelo sorgo é impulsionado pelas características vantajosas do grão, refletindo uma tendência relevante no cenário agrícola atual, conforme destaque pela AIBA.
A concentração da produção desta cultura no Brasil é observada majoritariamente na região Centro-Oeste. Contudo, estados como Bahia e Rio Grande do Sul têm destaque no cultivo e manejo do sorgo. Na Bahia, por exemplo, está previsto o planejamento do sorgo para fevereiro de 2024, logo após a semeadura da soja, evidenciando a adaptabilidade do sorgo ao calendário agrícola da região.
A estratégia de sucessão de culturas demonstra não apenas a adaptabilidade do sorgo, mas também o potencial de se consolidar como uma opção viável para os agricultores baianos. Alan Malinski, Diretor Executivo da AIBA, ressalta que essa transição tem previsão de beneficiar os agricultores, fornecendo uma colheita eficiente e contribuindo para a diversificação e sustentabilidade das práticas agrícolas na região agrícola.
O aumento na área plantada de sorgo, em detrimento do milho, é atribuído a diversos fatores. Além de ser mais resistente à escassez hídrica, o sorgo apresenta um custo de produção menor, tornando-se uma opção econômica e eficiente para os agricultores. Além disso, o sorgo proporciona um melhor aproveitamento do solo, contribuindo para a formação de palhada essencial para o plantio direto na safra seguinte.
As vantagens sustentadas do sorgo são ressaltadas pelo seu potencial em regiões com escassez de água, além de gerar uma quantidade significativa de grãos ideal para a alimentação animal, oferecendo aos produtores uma fonte adicional de renda durante a entressafra.
Olhando para o futuro, a tendência de substituição do milho pelo sorgo parece ganhar oportunidades. Espera-se que essa transição perdure, consolidando o sorgo como uma cultura agrícola estratégica e sustentável no panorama nacional, impulsionada pela crescente acessibilidade e adoção do sorgo pelos produtores.
Apesar da estabilidade na produtividade do sorgo, mantendo-se em 60 sacas por hectare tanto na safra 2022/2023 quanto na atual 2023/2024, os produtores têm uma expectativa de obter uma quantidade consistente de grãos por unidade de área cultivada.