No decorrer desta semana, uma nova frente fria deve avançar pelo país. A configuração do sistema deve contribuir com o forte avanço de uma massa de ar polar. Isso porque, nesta segunda-feira (17) ainda temos a atuação de uma frente que se formou no final de semana, com o seu núcleo de baixa pressão entre a costa da região Sul e sudeste do país.
A tendência é de que um novo ciclone – sistema de baixa pressão – se forme no oceano no final da próxima quarta-feira (19), logo atrás da frente fria que está atuando neste momento. Os ventos associados ao ciclone, soprando de sul para o norte, devem impulsionar de forma significativa a massa de ar polar até áreas do centro do Brasil.
Até a sexta-feira (21) o frio deve chegar ao sul de Goiás e metade sul de Minas Gerais. As temperaturas da madrugada de sexta devem ficar próximas ou abaixo dos 13°C na capital mineira e no sodoeste goiano. Na média das projeções as marcas ficam abaixo dos 5°C entre o norte do Rio Grande do Sul e centro-sul do Paraná.
Projeção de frio forte pelo modelo Canadense.
Apesar da previsão ser para um período de médio prazo, algumas projeções como a do centro Canadense indicam um frio mais intenso para a madrugada de sexta. O prognóstico mostra marcas de até 3°C em Curitiba e na capital paulista. Ao mesmo tempo que as mínimas no amanhecer de sexta devem se aproximar dos 15°C em Cuiabá e 13°C no Distrito Federal. Em regiões litorâneas, o frio não será tão intenso como no interior ou áreas serranas, por isso as temperaturas variam entre os 10 e 14°C em Porto Alegre e Florianópolis.
Mas pontualmente, a projeção deste centro indica valores de até 1°C nos pontos de maior altitude das Serras Gaúcha e Catarinense, bem como nas áreas montanhosas do sul de Minas Gerais. Além disso, não se descarta a possibilidade de geadas fracas no leste de São Paulo e nas Serras Mineiras.
Condição para formação de geadas
Após a passagem da frente fria (sistema de chuvas) o estabelecimento da massa de ar polar, vem junto com uma região de alta pressão. Áreas de alta pressão estão associadas a um tempo mais seco, pois os movimentos do ar ocorrem de cima para baixo, impedindo a formação das nuvens carregadas. E a combinação de céu limpo, vento calmo e frio forte são propícias para a formação de geadas.
Em noites geladas de céu limpo, o processo de perda de calor do solo para o ambiente se torna mais rápido, assim a camada de ar próximo à superfície pode se tornar mais fria do que o ar acima dela, criando uma inversão térmica. Quando a umidade está presente, essa camada de ar frio pode formar cristais de gelo que se acumulam na superfície exposta, como grama, carros e telhados.
A previsão para formação do fenômeno leva em consideração as baixas temperaturas do ar, umidade relativa do ar alta, pouca ou nenhuma nuvem no céu e a perda de calor do solo. E são mais comuns de se formarem em regiões de maior altitude, ou em áreas de baixada.
As geadas podem se formar durante a noite de quinta-feira (20), principalmente entre o norte gaúcho e sul paranaense.
Boletim elaborado pela equipe Agrotempo*