O mercado da soja, depois de testar leves e breves altas na Bolsa de Chicago, voltou a recuar no final da manhã deta quarta-feira (4). Perto de 11h15 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa perdiam entre 1 e 3,50 pontos, com o novembro valendo US$ 12,71 e o maio, US$ 13,17 por bushel. Od derivados também voltaram a ceder e quem liderava as perdas era o óleo, com queda de mais de 1%.
A soja passou a acompanhar as demais commodities, que registravam mais uma queda generalizada no pregão de hoje, com o petróleo na dianteira, perdendo mais de 3% somente no WTI e com o barril valendo US$ 86,39. No brent, a baixa era de 3,2% para US$ 87,83. A perda no mercado veio mesmo com a manutenção no corte da produção por parte da Rússia e da Arábia Saudita, já que há preocupações, por outro lado, com a demanda, bem como a interferência do financeiro que continua.
“A atenção do mercado mudou do foco no aperto de curto prazo para as implicações da permanência das taxas de juros mais altas por mais tempo, o ambiente macro moderado que isso implica e como a Opep+ planeja lidar com isso quando se reunir em 26 de novembro”, disse o analista da Investec. Callum Macpherson à agência Reuters Internacional.
Faltam novas notícias para movimentar de forma mais clara as cotações na CBOT. Os traders ainda permanecem atentos ao avançar da colheita nos EUA, do plantio no Brasil, ao passo em que também monitora a demanda. Apesar da China estar comemorando um de seus principais feriados nesta semana – o da Golden Week – o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) já anunciou duas novas vendas de soja à nação asiática.
Ainda assim, está também no front um atraso das vendas norte-americanas para exportação, bem como uma maior competitividade do Brasil com a alta do dólar frente ao real nos últimos dias. Assim como a soja que subia e passou a cair, o dólar que caia passou a subir nesta quarta, levando a divisa a R$ 5,16, com alta de 0,2%.