A soja intensificou as baixas e o movimento de realização de lucros na Bolsa de Chicago e, por volta de 12h30 (horário de Brasília), perdia de 24,25 a 25 pontos nos principais vencimentos. O janeiro vinha cotado a US$ 13,60 e o maio a US$ 13,85 por bushel. “Queda em Chicago. Melhora no clima brasileiro para próximos dias pressiona cotações”, informa o boletim da Pátria Agronegócios desta quinta-feira (16).
O mercado chegou a testar suas máximas em dois meses e meio na CBOT, refletindo, entre outros fatores, as condições adversas de clima no Brasil. No entanto, as chuvas melhores que começam a aparecer nos modelos climáticos deram espaço para esta ‘correção’ e ajuste do mercado depois do recente avanço. Ainda assim, olhos todos permanecem focados no cenário climático na América do Sul, em especial no Brasil.
Embora sendo sabido que uma mudança no tempo nas principais regiões produtoras teria de ser drástica para estancar as perdas na safra 2023/24 brasileira, as previsões melhores para os próximos dias dão espaço para esta correção das altas. O modelo europeu, segundo a Agrinvest Commodities, segue indicando mais chuvas e uma redução das temperaturas no norte do país.
As previsões, porém, são acompanhadas de perto e precisam de fato se confirmar para dar, pelo menos, algum fôlego aos campos brasileiros, que têm sofrido agressivamente pelas chuvas mal distribuídas ou ausentes, além da terceira onda de calor do ano. As condições atuais da safra de soja são bastante irregulares, os problemas são das mais diversas naturezas e estimar o real tamanho da colheita será uma tarefa bastante árdua nesta temporada.
Com isso, o ritmo de vendas do produtor brasileiro está bastante contido neste momento.
Nem mesmo os bons números das vendas semanais reportadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ajudaram a conter o movimento, uma vez que o mercado já vem monitorando o comportamento da demanda global pela soja americana.
“As vendas de milho ficaram acima do esperado e as da soja, dentro das expectativas. Na soja, as vendas foram puxadas pelas grandes compras da Sinograin, o que já está precificado”, explicou o time da Agrinvest Commodities.
Na semana encerrada em 9 de novembro, o USDA fez vários anúncios diários de vendas e, no caso da oleaginosa, o volume chegou a superar dois milhões de toneladas, com a Agrinvest já tendo adiantado a presença força das compras da Sino, a estatal que gerencia os estoques chineses.