O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou a venda de 251 mil toneladas de soja para a China nesta quarta-feira (9). O volume é todo da safra 2023/24.
“A soja brasileira está mais cara do que a americana para a janela de setembro a novembro”, informa a equipe da Agrinvest Commodities.
O analista de mercado da consultoria, Eduardo Vanin, em seu comentário diário sobre os mercados afirmou ainda que ontem se ventilou no mercado vendas da oleaginosa do Brasil para a nação asiática com prêmios consideráveis.
“O mercado da soja está bem travado no destino. Os basis CFR China (custo frete) continuam subindo. Ontem, rumores de negócios de soja do Brasil para embarque setembro/outubro a 290 centavos por bushel acima do contrato novembro. UM mês atrás, o Brasil vendeu embarque setembro com 195 cents”, detalha.
BOLSA DE CHICAGO
Enquanto isso, na Bolsa de Chicago, os futuros da soja seguiam operando em campo positivo, ganhando um pouco mais de fôlego diante desta nova compra chinesa nos EUA. Por volta de 11h50 (horário de Brasília), os preços subiam de 8 a 10,50 pontos, levando o agosto a US$ 14,38 e o novembro a US$ 13,15 por bushel.
O mercado se mantém muito volátil e espera pelos novos números que o departamento norte-americano traz nesta sexta-feira, dia 11, atualizando as estimativas para a safra 2023/24. O consenso é um corte na produtividade dos Estados Unidos, atualmente estimada em 52 bushels por acre.
Do mesmo modo, as condições de clima, as previsões – que são favoráveis para os próximos dias – e o comportamento da demanda – que tem sido melhor e mais presente pela soja dos EUA neste momento – seguem no radar dos traders, bem como as informações e movimentos do financeiro no macrocenário.
A soja vai na contramão dos preços do milho – que perdem mais de 0,5% – e do trigo, que cede mais de 2% no início da tarde desta quarta-feira. De outro lado, o farelo opera estável e o óleo de soja sobe 1% na CBOT.