Os futuros da soja voltaram a cair forte na Bolsa de Chicago no início da tarde desta terça-feira (25). As cotações perdiam de 8,50 a 14,50 pontos nos principais vencimentos, com o julho/23 – o contrato mais negociado agora – sendo cotado a US$ 14,23 por bushel. O setembro tinha US$ 12,69. O mercado da soja lidera as perdas entre os grãos, que têm baixas também no trigo, no milho e nos derivados da oleaginosa,
Além disso, a soja acompanha um recuo de mais de 2% do petróleo nesta terça, que se reflete também em perdas de 1% entre as cotações do óleo.
Os traders permanecem atentos a um cenário de fundamentos que já conhecem e aguardando por novas notícias. O clima no Meio-Oeste americano tem tido cada vez mais espaço no radar do mercado, uma vez que segue avançando bem o plantio 2023/24 dos EUA.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualizou os dados sobre os trabalhos de campo da safra 2023/24 e trouxe o plantio da soja concluído em 9% da área até o último domingo (23), contra 4% da semana anterior. O esperado pelo mercado era de 8%. O índice segue bem acima do mesmo período do ano passado, quando a semeadura da oleaginosa estava concluída em 3%, e acima da média dos últimos cincos anos de 4%.
O estado mais adiantado continua sendo o da Louisiana, com 41% de sua área plantada. A média plurianual estava em 25%.
No paralelo, os traders monitoram o fluxo de vendas da safra recorde do Brasil, a quebra histórica na Argentina e a demanda cadenciada da China. A recente demanda mais intensa dos EUA pela soja brasileira também entrou no radar, porém, de forma pouco significativa para mudar a tendência das cotações.