As negociações de farelo de soja estiveram lentas na primeira quinzena de maio. Do lado do consumidor, parte dos suinocultores e avicultores consultados pelo Cepea relata estar abastecida para o médio prazo, ao passo que outra parcela sinaliza ter feito contratos longos, sem necessidade de adquirir volumes no spot.
Do lado do vendedor, parte das indústrias elevou os preços ofertados, o que limitou o movimento baixista. Isso aconteceu porque representantes de indústrias têm expectativa de aquecimento na demanda externa, devido à menor oferta na Argentina.
Diante disso, considerando-se a média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços do farelo de soja caíram 5,8% entre a média de abril e a da primeira quinzena de maio e 1,8% entre a média de maio/22 e a da parcial de maio/23, em termos reais (IGP-DI, de abril/23).
As exportações, por sua vez, somaram 1,65 milhão de toneladas a em abril, 11,8% abaixo das de março/23 e 0,24% inferior ao volume escoado em
abril/22. Já na parcial deste ano (de janeiro a abril), o Brasil exportou 6,2 milhões de toneladas de farelo de soja, um recorde para o período, de acordo com a Secex.
Embora estimativas do USDA indiquem produção nacional de farelo de soja em volume recorde, de 41,26 milhões de toneladas na safra 2022/23, as vendas também são projetadas em quantidades recordes, de 21,4.