Os preços do suíno vivo registraram pequenas altas ao longo da segunda quinzena de novembro, mas as desvalorizações verificadas no começo do mês limitaram avanços mais expressivos na média mensal. Quanto aos preços dos principais componentes utilizados na ração da suinocultura, o milho e o farelo de soja, também apresentaram alta no mercado doméstico de outubro para novembro, de forma mais intensa que o verificado para o animal.
Esse cenário, por sua vez, reduziu o poder de compra de suinocultores paulistas frente a esses insumos. Em novembro, o suíno vivo posto foi negociado à média de R$ 6,64/kg na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), ligeiro aumento de 0,5% frente ao registrado em outubro.
Quanto ao farelo de soja, os preços foram influenciados pela maior demanda – compradores nacionais estiveram mais ativos nas aquisições do produto, em decorrência dos estoques reduzidos, segundo indica a Equipe de Grãos do Cepea. Desta forma, de outubro para novembro, o preço do farelo avançou fortes 8%, f negociado à média de R$ 2.477,11/tonelada na região de Campinas (SP).
Para o milho, também de acordo com a Equipe Grãos do Cepea, o bom ritmo das exportações e a demanda doméstica aquecida mantiveram os preços do cereal em alta no Brasil em novembro. Outro fator que reforçou o movimento de alta foi a retração de vendedores. Esses agentes estiveram atentos aos atrasos da semeadura da safra verão e aos possíveis impactos desse cenário sobre a segunda safra, e, com isso, ofertaram poucos volumes no spot, à espera de novas valorizações.
Com isso, o Indicador Esalq/BMF&Bovespa (Campinas – SP) teve média de R$ 60,65/saca de 60 kg em novembro, elevação de 2,6% sobre a de outubro. Deste modo, para o suinocultor paulista, considerando-se o animal comercializado no mercado independente da região SP-5 e o milho negociado na região de Campinas, foi possível a compra de 6,57 quilos do cereal com a venda de um quilo de animal em novembro, 2% a menos que em outubro.
Quanto ao farelo, também negociado no mercado de lotes na região de Campinas, o produtor conseguiu adquirir, em novembro, 2,68 quilos do derivado com a venda de um quilo de suíno, 7% inferior ao volume do mês passado.