SÃO PAULO (Reuters) – O plantio de soja 2023/24 avançou para 6% da área total projetada para o Paraná até segunda-feira, alta de cinco pontos percentuais na comparação com a semana anterior, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral) divulgados nesta terça-feira.
O Estado, que em geral se posiciona como o segundo produtor de soja do Brasil, atrás de Mato Grosso, atingiu mesmo patamar visto nesta época na safra passada, quando o semeio teve um dos inícios mais rápidos.
O plantio no Paraná avançou devido à umidade do solo após chuvas adequadas anteriormente, a despeito de previsões climáticas de calor intenso em várias partes do Brasil, que preocupam alguns esta semana.
“Segundo relatos do campo, há ainda umidade no solo para o plantio. Apesar do calor intenso na maioria do Estado, a previsão está indicando que haverá quedas nas temperaturas e chuvas irregulares já na semana que vem. Isso se confirmando, não deve gerar impactos”, disse o especialista do Deral Edmar Gervásio.
Em relação aos últimos anos, apenas em 2018 o Estado tinha um índice de plantio de soja maior que o atual. Naquele ano, era de 9% de área.
A área plantada com soja no Estado está estimada em 5,8 milhões de hectares, ante 5,79 mi hectares na safra anterior, informou o Deral ao final de agosto.
No caso do milho, a colheita da safra 22/23 está na fase final, ainda que mais atrasada em relação a anos anteriores, batendo 96% da área total.
Os produtores paranaenses estão adiantados no plantio 23/24 do cereal para a colheita no verão, cuja área está estimada em 317 mil hectares. Até o momento, plantaram 58% do total estimado.
A colheita de trigo atingiu 47% da área, o patamar mais avançado para a época dos últimos anos.
O trigo do Paraná, que responde por mais de 40% da produção nacional, tem safra estimada em recorde de 4,49 milhões de toneladas, alta de 28% ante temporada passada.
(Por Roberto Samora)