SÃO PAULO (Reuters) – O plantio de soja no Brasil em 2023/24 avançou para 4,64% da área estimada, ante 2,3% na semana anterior, com a irregularidade das chuvas limitando o desenvolvimento dos trabalhos nos campos especialmente no Centro-Oeste, afirmou a consultoria Pátria AgroNegócios nesta sexta-feira.
O semeio no país está ligeiramente atrasado em relação ao índice de 4,80% desta época em 2022 e aos 4,81% na média dos últimos cinco anos.
“No maior Estado produtor, o Mato Grosso, o avanço foi bastante lento na semana, refletindo a falta de chuvas consistentes”, disse o diretor da Pátria AgroNegócios, Matheus Pereira.
Segundo ele, o plantio segue concentrado no Paraná, enquanto todo o Sudeste e Centro-Oeste ainda se encontram em fase inicial.
Mais cedo, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) estimou o plantio de soja em Mato Grosso em 4,19% da área estimada, versus 1,82% na semana anterior, mas atrás do ritmo registrado na mesma época da safra passada (6,29%).
Se os atrasos se acentuarem, a maior preocupação é com a segunda safra, plantada após a colheita de soja, disse Pereira.
“A maior ameaça vem para a janela da segunda safra brasileira em 2024, dado que para o cultivo da soja, ainda temos bastante tempo hábil”, comentou.
“Estamos com receio de mais atrasos pela frente…”, afirmou, sinalizando que as regiões centro-norte continuarão sob um clima predominantemente quente e seco até o dia 12 de outubro, enquanto no Sudeste e Sul do Brasil as precipitações estão se confirmando.
(Por Roberto Samora)