Um estudo divulgado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) revelou que, nos últimos 10 anos, os produtores de soja no Paraná que adotaram o Manejo Integrado de Pragas (MIP) conseguiram reduzir em média 50% as aplicações de inseticidas. Essa descoberta é parte dos surpreendentes resultados observados em lavouras comerciais de soja que adotam boas práticas agrícolas, em uma colaboração entre a Embrapa Soja e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), documentada na recente publicação “Resultados do Manejo Integrado de Pragas da Soja na Safra 2022/2023 no Paraná” (Documentos 455).
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Embora o MIP Soja seja recomendado desde a década de 1970, os últimos dez anos foram marcados por um acompanhamento sistemático de 1.639 lavouras que seguiram as estratégias preconizadas pelo MIP. Como resultado, essas lavouras conseguiram reduzir o número de aplicações de inseticidas de 3,6 para 1,7.
Apenas na safra 2022/2023, foram acompanhadas 150 unidades de referência (URs) que adotaram o MIP-Soja, implantadas em lavouras comerciais de 101 municípios. As URs seguiram um protocolo técnico estabelecido pelos pesquisadores e técnicos de extensão rural do IDR-Paraná.
Além do MIP, outras práticas agrícolas, como o Manejo Integrado de Doenças e a Coinoculação, também estão sendo avaliadas. A partir da safra 2023/2024, o programa será ampliado com a introdução de mais um protocolo para avaliar boas práticas no Manejo Integrado de Plantas Daninhas e no Manejo de Solo. Esses esforços visam aprimorar as práticas agrícolas e promover a sustentabilidade na produção de soja.
