Até 1º de setembro, a comercialização da safra de soja do Brasil para 2022/23 atingiu 80,7% da produção esperada, abaixo dos anos anteriores, segundo levantamento da DATAGRO Grãos. Houve um aumento mensal de 6,8 pontos percentuais, refletindo preços melhores e necessidades financeiras, mas ainda abaixo da média plurianual devido a preços em declínio, altos custos de produção, incertezas climáticas devido ao La Niña e incertezas políticas e econômicas com o novo governo.
Com a estimativa de produção mantida em 157,07 milhões de toneladas, os produtores brasileiros venderam até a data analisada 126,78 milhões de toneladas de soja. Comparativamente ao mesmo período do ano passado, a quantidade negociada era maior em termos percentuais, embora menor em números absolutos, atingindo 109,95 milhões de toneladas.
As negociações da safra 2023/24 de soja tiveram um bom avanço, com 18,1% da produção esperada comprometida até o momento, representando um aumento mensal de 4,0 pontos percentuais. Esse progresso supera os números de anos anteriores, mas ainda fica abaixo dos recordes de safra passada. Com uma expectativa de aumento na área de plantio em 2,0% e condições climáticas favoráveis devido ao El Niño, a DATAGRO Grãos prevê uma produção de 163,0 milhões de toneladas para a próxima safra brasileira de soja.
O levantamento da DATAGRO Grãos indica que a comercialização de milho da safra de verão 2022/23 no Centro-Sul do Brasil avançou 9,3 pontos percentuais, superando a média normal para o período de 5,7 pontos percentuais. Isso resultou em vendas que alcançaram 72,4% da produção esperada, em comparação com os 63,1% do levantamento anterior, 74,6% no mesmo período de 2022 e 83,4% na média dos últimos 5 anos. Com uma safra estimada em 20,2 milhões de toneladas, os produtores já venderam 14,6 milhões de toneladas de milho devido ao avanço da colheita de inverno e às limitações de armazenamento na região central do país.
