Soja caminha para fechar mais uma sessão sem direção e com tímidas variações em Chicago nesta 5ª

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O mercado da soja vai encerrando o pregão desta quinta-feira (30) com estabilidade, variações bastante tímidas e do lado negativo da tabela. Perto de 15h50 (horário de Brasília), as cotações cediam entre 3 e 3,25 pontos, com o janeiro valendo US$ 13,44 e o maio, US$ 13,75 por bushel. Os preços, segundo explicam analistas e consultores de mercado, estão em um momento de transição e definição de rota de olho na safra muito irregular da América do Sul, em especial do Brasil. 

Nem mesmo as vendas semanais acima das expectativas reportadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta foram combustível suficiente para promover uma alta nos futuros da oleaginosa. Na soja, os EUA venderam, na última semana, 1,895,3 milhão de toneladas, acima das expectativas de 850 mil a 1,5 milhão. A China tem feito boas compras da oleaginosa americana e, como tradicionalmente acontece, a nação asiática figurou como principal destino. 

Com este volume, o total já comprometido pelo país chega a 30,950,2 milhões de toneladas, contra mais de 37 milhões no mesmo período do ano passado e frente às estimativas totais de 47,76 milhões de toneladas do USDA para todo o ano comercial.

“Na semana passada, traders reportaram vendas de pelo menos 10 barcos para a Sinograin para embarque de janeiro a março. Esta semana a Sino continua comprando”, complementa o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.

À espera da conclusão do plantio no Brasil – o mais atrasado em 14 anos, de olho no início da safra da Argentina e frente às irregularidades do clima na América do Sul, os traders já conhecem o atual cenário de fundamentos e aguardam novas notícias a partir de agora. 

Segundo Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, os preços da oleaginosa na CBOT têm atuado entre US$ 13,00 e US$ 14,00 por bushel, apostando em uma safra 2023/24 no Brasil ficando entre 150 e 155 milhões de toneladas. 

“Se colhermos menos de 150 milhões, os preços podem furar os US$ 14,00 em algum momento”, diz, reforçando que, porém, ainda é cedo para se saber realmente qual será o real tamanho da nova oferta nacional. Há vídeos que circulam na internet apontando o início da colheita em Ipiranga do Norte, no Mato Grosso, para os produtores que tiveram o fim do vazio sanitário autorizado em 1º de setembro.

O dólar subindo frente ao real também limita o potencial de alta em Chicago nesta quinta-feira.  

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