Os contratos futuros da soja encerraram a sessão desta quinta-feira (12) com alta forte, entre 33 a 37 pontos nos principais vencimentos, na Bolsa de Chicago (CBOT). O mercado, que trabalhava quase que de lado pela manhã, disparou depois da divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês).
A entidade trouxe dados de produção e produtividade da safra 2023/24 de grãos dos Estados Unidos abaixo do esperado pelo mercado e das últimas projeções em meio impacto do clima nas lavouras, além de outros indicadores.
O principal vencimento da oleaginosa na CBOT, novembro/23, teve alta de 37,4 pontos ou 2,99%, cotado a US$ 12,90 por bushel. Com isso, os preços futuros da oleaginosa se recuperam das mínimas de quase dois anos que vinham registrando. Nos derivados, o farelo de soja subiu na sessão mais de 4% e o óleo de soja teve valorização de cerca de 1%.
“Notícia boa! Tinha uma ala do mercado que até achava que a safra poderia ser elevada hoje pelo USDA, mas a realidade é que a safra está com qualidade muito baixa desde o começo. Então, provavelmente a safra é menor do que 111,7, mas o mercado gostou desse número. Também tivemos redução de exportação de soja norte-americana”, disse Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
A produção de soja nos Estados Unidos na temporada 2023/24 foi reduzida para 111,70 milhões de toneladas, sobre 112,84 milhões de toneladas em setembro. A produtividade também caiu para 55,59 sacas por hectare, sobre 56,15 sacas por hectare no último relatório. A expectativa média dos operadores de mercado era de produção em 112,51 milhões de toneladas e produtividade em 55,92 sacas por hectare.
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No Brasil, esta quinta-feira, 12 de outubro, é feriado de Nossa Senhora Aparecida e a maioria das praças não funcionam.