Os preços da soja continuam caindo na tarde desta quinta-feira (21) na Bolsa de Chicago, tendo o janeiro/24 mais uma vez testando os US$ 13,00 por bushel. Aos poucos, o mercado foi amenizando suas perdas e, perto de 14h (horário de Brasília), o janeiro tinha US$ 13,01, recuando 7,25 pontos. Os demais contratos perdiam entre 7,50 e 8 pontos, levando o maio a US$ 13,19 por bushel. “O janeiro, com vencimento de suas opções amanhã e entra em aviso de entrega na primeira semana do, testou mais uma vez a casa dos US$ 13,00”, detalhou o time da Agrinvest Commodities.
Ainda de acordo com os especialistas da consultoria, “o mercado monitora a evolução das chuvas no Centro-Oeste brasileiro e a baixa demanda. A Sinograin voltou a compras soja nos EUA, mas ainda em um volume muito aquém do já registrado pelo gigante asiático”.
Os traders esperam por novas notícias e, no aguardo, seguem ajustando suas posições nesta reta final de 2023. O foco central permanece sobre o clima na América do Sul, que traz agora mapas climáticos sinalizando condições melhores de chuvas e temperaturas em queda para o Centro-Oeste do Brasil. Todavia, o cenário precisa ser confirmado para mudar a realidade já muito fargilidade da safra brasileira.
As consultorias privadas já têm baixado suas projeções para a safra 2023/24, porém, os números são ainda bastante elevados, seguem acima de 150 milhões de toneladas e esta pode ser uma marca não atingida, na perspectiva dos produtores brasileiros.
“Para os próximos 10 dias o GFS, atualizado nesta manhã, indica acumulados moderados a fortes no norte e sudeste do MT, norte do TO, sul do MA, norte de SP, norte do RS, nordeste e sul do MS, oeste do PR, na maior parte de GO, MG e SC. Leves acumulados no restante do MT, MS, TO, PR, oeste da BA, norte do MA, sul do PI e sul de SP”, traz o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
O mercado monitora também o cenário climático na argentino, com as expectativas de que ao menos uma safra regular de soja seja colhida nesta temporada.
“Na Argentina, chuvas leves iniciam-se no dia 24 no sudoeste de Buenos Aires e se espalham para as demais regiões ao longo da semana. Para os próximos 10 dias na Argentina, chuvas leves são indicadas para a maior parte de Córdoba, Buenos Aires, San Luis, sudeste de Santiago del Estero, norte de La Pampa, sul de Santa Fé e norte de Entre Rios. Moderados no norte de Santa Fé. Moderados a fortes no norte e oeste de Santiago del Estero”, complementa a Labhoro.
Um outro ponto de atenção e que também traz pressão às cotações é o atual momento dos fretes marítimos. “Todos estão preocupados com o Canal de Suez, em especial a Europa. Os fretes continuam subindo; fundos continuam adicionando venda aos contratos agrícolas, em especial o milho”, explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.