Depois da última semana bastante volátil e tensa, o mercado da soja dá início a esta nova trabalhando com estabilidade na Bolsa de Chicago. Perto de 7h10 (horário de Brasília), as cotações subiam ligeiramente, de 1,75 a 2,75 pontos, levando o novembro a US$ 12,83 e o maio a US$ 13,27 por bushel. No complexo, caem os futuros do farelo e sobem os do óleo de soja em um dia que não tem um caminho comum para as commodities de uma forma geral.
Segundo explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa, os traders continuam se dividindo entre os cenários financeiro, geopolítico e fundamental, de olho em cada nova notícia que surge, buscando entender como impactam os mercados.
“A guerra entre o Hamas e Israel continua sendo o foco principal do momento, com os players atentos aos acontecimentos e notícias atuais. A colheita segue firme no Meio-Oeste americano e, como sempre, é motivo de pressão sobre os preços na CBOT para as commodities. A China por sua vez aparece como grande comprador mundial de Trigo, o que certamente também vai buscar a origem americana”, diz Sousa.
Mais do que isso, atenções também sobre o plantio brasileiro, que segue atrasado em função da falta de chuvas em algumas regiões e do excesso em outras. Números trazidos pela Pátria Agronegócios na última sexta-feira (13) mostram que a semeadura 2023/24 já havia sido concluída em 17,35%, ainda atrás do mesmo período do ano passado, quando a semeadura estava concluída em 22,60%. A média dos últimos cinco anos é de 16,79%.
“O clima Sul americano continua irregular, com poucas chuvas nas áreas produtoras durante o final de semana. De acordo com o modelo GFS, o clima sul-americano continua irregular, trazendo poucas chuvas durante o final de semana para as áreas produtoras do Brasil, Argentina e Paraguai. Ainda de acordo com o GFS, as previsões para os próximos 10 dias, indicam clima úmido no Sul do Brasil, com chuvas no RS, SC e Sul do PR, com tempo predominantemente seco para o resto do país”, complementa o diretor da Labhoro.
Ainda nos dados que chegam nesta segunda estão a atualização da colheita americana, os embarques semanais dos EUA e os dados do esmagamento norte-americano em setembro pela NOPA (Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas).
Veja como fechou o mercado na última semana: