Ainda trabalhando com oscilações tímidas, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago voltaram a operar do lado negativo da tabela. As posições mais negociadas, por volta de 14h (horário de Brasília), recuavam entre 6 e 7,25 pontos, com o janeiro sendo cotado a US$ 12,99 e o maio, US$ 13,36 por bushel. Apesar das variações contidas, a volatilidade continua bastante presente, em especial porque os traders aguardam pelo novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta sexta-feira, dia 8.
O mercado mantém o clima na América do Sul como seu principal vetor direcionandor e se divide entre as chuvas que são previstas, as que se confirmam efetivamente e como as lavouras vêm respondendo a elas. Enquanto isso, o plantio segue atrasado e as perdas sendo contabilizadas.
As previsões sinalizam melhoras nos próximos dias, mas os traders, apesar de monitorarem os principais modelos climáticos, permanecem cautelosos diante da falta de novidades.
“A soja começou a semana com apelo negativo diante da falta de notícias positivas, olhando a safra da América do Sul ganhando ritmo e novas estimativas mostrando que vem recorde de colheita”, explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
Assim, a volatilidade não só está presente, como tende a continuar, uma vez que as perdas que vêm sendo registradas são difíceis de serem mensuradas em razão da irregularidade que marca a safra 2023/24. Somente o grupo SLC Agrícola informou que “será necessário realizar a descontinuação de 16 mil hectares de soja, com a transferência dessa área, inicialmente projetada para plantio de soja + algodão 2ª safra, para unicamente o plantio de algodão 1ª safra”.
Assim, acelerando as perdas e com o janeiro perdendo os US$ 13,00, a soja renova suas mínimas em um mês em Chicago. “Clima mais favorável para o Norte do Brasil e a alta dos fretes marítimos são os principais motivos. Fundos estão vendendo soja e comprando milho na CBOT. O programa americano de exportação de milho está ganhando ritmo, enquanto o da soja ainda está abaixo do necessário para bater as projeções do USDA”, explica o time da Agrinvest Commodities.