Os contratos futuros da soja ainda operam em queda na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta tarde de quinta-feira (27) e estendem as perdas da véspera. Os principais vencimentos no terminal têm perdas entre 4 a 6,50 pontos, com julho/23 a US$ 14,10 e o agosto a US$ 13,56 por bushel.
O mercado da soja já operou no negativo nos últimos dias e espera por novidades para exercer movimentações positivas. As atenções continuam voltadas para o cenário da safra Argentina, além das previsões climáticas para o Meio-Oeste dos Estados Unidos e demanda chinesa.
“Os futuros na CBOT continuam caindo com fundos aumentando a posição vendida no milho e no trigo. Nos últimos seis pregões, os fundos venderam 32 mil contratos no milho e 28 mil no trigo”, explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.
Nem mesmo a divulgação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) conseguiu exercer movimentação nos preços.
As vendas de soja da safra 2022/23 no período totalizaram 311,30 mil toneladas, bem acima da semana anterior e 38% maior em relação à média anterior de quatro semanas. O principal destino foi o México. O mercado esperava vendas entre 75 a 500 mil t.
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Ênio Fernandes, consultor em agronegócio da Terra Agronegócios, disse que em entrevista ao Notícias Agrícolas, na véspera, que os preços da soja ainda podem ter um repique nos próximos dias, garantindo condições ainda melhores de venda.
“Conforme for a safra nos Estados Unidos, e também lembrar que em outubro a gente começa plantar aqui no Brasil e faz a safra brasileira, logicamente esses preços podem descer. Mas caso a gente tenha algum problema nos Estados Unidos, o mercado vai trazer oportunidades de venda”, disse.