No início da tarde desta quinta-feira (24), os futuros da soja operavam com tímidos ganhos na Bolsa de Chicago, que variavam de 3,50 a 6,25 pontos nos principais contratos, por volta de 13h10 (horário de Brasília). Assim, o novembro tinha US$ 13,64 e o maio, US$ 13,83 por bushel.
O mercado segue bastante volátil nesta semana, buscando se equilibrar entre os dados que vão chegando pelo Pro Farmer Crop Tour, as informações sobre o clima nos EUA, o comportamento da demanda e o financeiro. Aos poucos, chegando também aos radares dos traders as condições para o início do plantio na América do Sul.
Embora a safra 2023/24 dos Estados Unidos esteja na fase final, o cenário climático indicando tempo quente e seco nos próximos dias ainda pode prejudicar as lavouras e, como explicou o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities, as condições poderiam impedir uma evolução da produtividade e o que poderia promover uma redução da oferta é a revisão da área.
Os números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre as vendas semanais para exportação trazidos nesta quinta-feira também dão algum suporte às cotações em Chicago.
As vendas semanais de soja da safra 2022/23 foram de 364,9 mil toneladas, acima do intervalo esperado pelo mercado de 0 a 200 mil toneladas. A Alemanha foi o principal destino. Em toda temporada, as vendas americanas chegam a 53,468,8 milhões de toneladas e se aproximam da estimativa total do USDA de 53,89 milhões. Há um ano, porém, o volume de soja já comprometida pelos americanos passava de 59,5 milhões.
Da safra nova, as vendas foram de 1,218,2 milhões de toneladas, dentro das expectativas do mercado de 550 mil a 1,25 milhão de toneladas. Destinos não revelados responderam pelos maiores volumes adquiridos na última semana.