Os futuros da soja sobem perto de 1% na Bolsa de Chicago no início da tarde desta quarta-feira (19), acompanhando a nova disparada do trigo, que opera no limite de alta, com 8% de ganho diante da escalada da guerra entre Rússia e Ucrânia. Assim, perto de 13h10 (horário de Brasília), as cotações registravam US$ 14,29 por bushel no setembro, enquanto o novembro – referência para a safra americana – tinha US$ 14,08. “Chicago opera no maior patamar desde a virada do ano”, informa a Pátria Agronegócios.
Ainda na CBOT, os futuros do óleo de soja subiam mais de 2,5%, encontrando suporte também neste cenário, uma vez que pelo corredor humanitário do Mar Negro saíam ainda toneladas e toneladas de óleo de girassol, uma vez que a região é importante produtora.
O ponto central de atenção dos traders, porém, ainda continua sendo o clima adverso nos Estados Unidos. Os próximos dias e semanas deverão, de acordo com os modelos climáticos, ser de chuvas abaixo da média e temperaturas acima, o que poderia agravar ainda mais as condições da safra 2023/24 já fragilizada.
E neste cenário, as expectativas são de que o potencial produtivo tanto da soja, como do milho, continue a perder força, devendo ser reajustado para baixo no próximo boletim do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em agosto.
Os mapas atualizados pelo NOAA, o serviço oficial de clima dos EUA, apontam que as próximas semanas serão de temperaturas bem acima da média em todo o território americano, como mostram as imagens abaixo.
Na sequência, os mapas apontam ainda que as chuvas também deverão ser insuficientes nos períodos de 6 a 10 e 8 a 14 dias, com precipitações esperadas abaixo da média no primeiro intervalo, em um período crítico para o desenvolvimento das lavouras americanas, tanto de soja, como de milho.