A volatilidade permanece ainda muito intensa na Bolsa de Chicago para o mercado da soja que levou os futuros da soja a cairem novamente no início da tarde desta terça-feira (6), com o janeiro voltando a perder os US$ 13,00 por bushel, cotado a US$ 12,98. Por volta de 13h30 (horário de Brasília), as cotações cediam entre 7 e 9,50 pontos, com o março valendo US$ 13,19 e o maio, US$ 13,34. Ainda na CBOT, os futuros do farelo perdiam mais de 1%, enquanto as baixas no óleo eram de quase 8%.
Além da pressão que vem das perdas entre os derivados, o mercado ainda continua sentindo a pressão que vem das expectativas um pouco melhores em torno da safra 2023/24 da América do Sul. O plantio está sendo finalizado no Brasil, as condições de clima permanecem muito irregulares – o que deixa ainda mais difícil estimar o tamnanho da oferta – ao passo em que na Argentina os trabalhos de campo acontecem em um ritmo importante, garantindo ao menos um bom início de temporada.
Todavia, com alguns modelos indicando chuvas melhores para os próximos dias – mesmo que pontualmente – e as perspectivas de uma colheita ao menos regular entre os produtores argentinos, a pressão sobre os preços – que esperam por novas e fortes notícias – é inevitável, segundo afirmam analistas e consultores de mercado.
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“A soja encontra grande dificuldade pela ótica da demanda, com quedas acentuadas nos preços da carne suína na China levando à margens negativas para a suinocultura e, por consequência, baixa demanda por farelo de soja”, explica o time da Agrinvest Commodities.
E o mercado também segue volátil à espera do novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta sexta-feira (8). O mercado se questiona qual será o tamanho do corte do órgão sobre a safra brasileira diante de tantas adversidades. Por aqui, consultorias privadas já começaram a baixas seus números.