Os novos números das vendas semanais para exportação reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta sexta-feira (23) – excepcionalmente por conta do feriado da segunda, de Juneteeth, seguem mostrando a China menos presente nas compras de soja norte-americana.
“A Europa continua sendo o maior comprador de soja dos EUA, mesmo com a soja brasileira apresentando um grande desconto. Isso só se justifica pela reexportação do óleo de soja novamente para as indústrias americanas. A China comprou 49 mil toneladas para a safra velha e nada para safra nova. A safra nova continua atrasada. O USDA terá que considerar reduções em seus números de exportação 2023/24. O total vendido da nova safra está em apenas 3,3 milhões de tonrladas, contra 13,4 milhões do ano passado”, explica o time da Agrinvest Commodities.
Na semana encerrada em 15 de junho, os EUA venderam 457,7 mil toneladas de soja 2022/23, enquanto as expectativas variavam de 100 mil a 600 mil toneladas. Taiwan foi o principal destino. Da safra nova, as vendas foram de 168,8 mil toneladas, com a maior parte sendo destinada ao México. O mercado esperava algo entre 0 e 300 mil toneladas.
MILHO
O USDA informou ainda as vendas de apenas 36 mil toneladas de milho 2022/23, dentro das projeções do mercado de 0 a 600 mil toneladas. A China foi o principal destino do cereal americano. O país vendeu também, na última semana, 47,1 mil toneladas da safra 2023/24, em linha com as expectativas do mercado de 0 a 100 mil toneladas, sendo a maior parte destinada a Honduras.
“Ao contrário da soja, o programa de exportação de milho está muito fraco para ambas as temporadas. O USDA precisa cortar exportações 2022/23 e 2023/24. O milho brasileiro é muito mais barato em relação ao milho americano para toda a curva de julho a dezembro, posto nos principais destinos”, detalha a Agrinevst.