Zoneamento Agrícola de Risco Climático será tema de seminário na Embrapa Soja

A Embrapa Soja e o Sistema Ocepar, composto pela Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR) e Federação e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Fecoopar) promovem o seminário Desvendando o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), no dia 26 de setembro, das 8h30 às 16h, no auditório da Embrapa Soja, em Londrina (PR). O objetivo do seminário é apresentar para técnicos e produtores as bases científicas que norteiam o Zarc, os aprimoramentos a serem implementados (níveis de manejo), sua inter-relação com os mecanismos de seguro agrícola e, se possível, elucidar alguns questionamentos comuns no meio agrícola.

O Zarc Soja define as áreas com maior ou menor frequência de ocorrência de déficit hídrico durante a fase mais crítica da cultura da soja (floração e enchimento de grãos), em função das diferentes épocas de semeadura, da disponibilidade hídrica de cada região, do consumo de água nos diferentes estádios de desenvolvimento da cultura, da capacidade de água disponível no solo e do ciclo da cultivar utilizada, explica o pesquisador José Renato Bouças Farias, da Embrapa Soja.

A partir de 2023, o Zarc Soja passa a conta com uma metodologia que adota seis classes de água disponível (AD), definidas com base na composição textural dos solos (teores de silte, areia e argila). “Essa mudança no ZARC amplia o escopo de avaliação da realidade dos sistemas produtivos brasileiros”, explica Farias. “Nosso objetivo é minimizar os riscos e possibilitar maior estabilidade da produção e de renda para o sojicultor, o que é estratégico para a manutenção da capacidade produtiva brasileira”, enfatiza o pesquisador.

Ainda será apresentada e discutida a proposta “piloto” do ZARC contemplando os riscos associados a diferentes níveis de manejo do solo (Zarc NM). Segundo Farias, o Zarc Soja – 06 ADs, que contempla seis as classes de água disponível (AD) no solo, foi estruturado também para incorporar – nas próximas atualizações – o efeito de diferentes níveis de manejo do solo. As duas estratégias vem sendo ajustada e mensurada pela Rede ZARC de Pesquisa da Embrapa.

Programação

8h30 – 9h10: Zarc e Gestão de Riscos Climáticos na Agricultura
José Eduardo Monteiro – Coordenador da Rede de Pesquisa ZARC – Embrapa

9h10 – 9h30: O Zarc na visão do Ministério da Agricultura
Hugo Borges Rodrigues – Coordenador Geral de Risco Agropecuário da SPA/Mapa

9h30 – 10h: Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR)
Jônatas Pulquério – Diretor do Departamento de Gestão de Riscos da SPA/Mapa

10h – 10h40: Entendendo o novo critério: Capacidade de Água Disponível no Solo (6 ADS)
José Renato Bouças Farias – Pesquisador da Embrapa Soja

10h40 – 11h: Intervalo

11h – 11h40: Fundamentos, Indicadores e Critérios para definição de Níveis de Manejo
Júlio Cesar Franchini – Pesquisador da Embrapa Soja

11h40 – 12h: Debate e questionamentos sobre os temas abordados

12h – 14h: Intervalo

14h – 14h30: Desafios para a gestão de risco do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (PROAGRO)João Ferrari Neto – Chefe Adjunto do Departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações do Crédito Rural e do Proagro (Derop)

14h30 – 15h: A implementação do Zarc em Seguro Agrícola
Luiz Antônio Digiovani – Consultor em Seguros Rurais

15h – 15h30: Proposta piloto de uso de Indicadores de Níveis de Manejo no ZARC
José Renato Bouças Farias – Pesquisador da Embrapa Soja

15h30 – 16h: Debate e questionamentos sobre os temas abordados
16h: Encerramento

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