Abrapa discute estratégias de manejo e comercialização do algodão no Maranhão

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) se uniu a produtores, convidados e especialistas do agronegócio, nesta sexta-feira (12), para discutir estratégias de manejo e comercialização do algodão no Maranhão. O debate ocorreu durante o VII Dia de Campo, promovido pela Associação Maranhense de Produtores de Algodão (Amapa), no Campo Experimental da Fazenda Planeste, da SLC Agrícola, localizado em Balsas (MA).

“O Maranhão tem um futuro promissor na produção de algodão, com potencial para aumentar ainda mais sua competitividade no mercado nacional e internacional”, disse Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.

Em 2024, o Maranhão deverá colher 60,2 mil toneladas de algodão, se consolidando o estado como o quinto maior produtor do país nesse setor. Os agricultores maranhenses plantaram uma área de 32,6 mil hectares, e a produtividade esperada é de 1.845kg de pluma/ha.

Schenkel também destacou as ações realizadas pela entidade para promover o algodão brasileiro no mercado internacional. Ele afirmou que, pela primeira vez, o Brasil se tornou o maior fornecedor de algodão do mundo, superando os Estados Unidos. “Esse trabalho, realizado por meio do Cotton Brazil, envolveu a união dos produtores, investimentos em pesquisa e tecnologia, organização do setor e parceria com a Agência Brasileira de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea)”, afirmou.

O programa de desenvolvimento de mercado externos para o algodão brasileiro, Cotton Brazil, já promoveu 52 eventos internacionais, que somaram mais de 500 clientes e stakeholders. Marcelo Duarte, diretor de relações internacionais da Abrapa, também conversou com os participantes sobre a importância das atividades realizadas fora do Brasil para a promoção da pluma. Ele explicou que, para facilitar essas ações, foi aberto um escritório de representação em Singapura, uma cidade estrategicamente localizada no continente, que concentra a maior parte das exportações mundiais.

Produtividade

A abertura do Dia de Campo foi feita por Juliano Reis, gerente da Fazenda Planeste, que destacou a importância do encontro para o desenvolvimento do setor. Em seguida, Wellington Silva, coordenador executivo da Amapa, apresentou as principais iniciativas da associação e seu impacto na produção local.

Os participantes puderam aprofundar-se em temas como o manejo da segunda safra, apresentado por Willian Araújo, coordenador de produção, e as práticas do campo experimental, abordadas por Joilson Rodrigues, coordenador de pesquisa. Ambos ressaltaram a necessidade de técnicas inovadoras para garantir a qualidade e a produtividade do algodão.

No segundo bloco do evento, o foco foi em “Algodão Lucrativo”, discutindo custos, comercialização e logística. Marcelo Kappes, da KPS Agropecuária, analisou a relação entre custos de produção e retorno para os agricultores, enquanto Eleusio Freire, da Cotton Consultoria, abordou questões de comercialização e logística essenciais para o sucesso do setor. A Uniggel Sementes encerrou as apresentações discutindo como maximizar lucros, incluindo investimentos e rentabilidade na prensagem de caroço.

“Essas discussões são fundamentais para fortalecer a cadeia produtiva do algodão e garantir a competitividade do nosso setor”, destacou o presidente da Abrapa. O evento também serviu como uma plataforma para networking entre os participantes, promovendo a troca de experiências e o fortalecimento das relações na cadeia produtiva do algodão.

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