A Reunião da Cotton & Tabaco do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), realizada na última semana em Memphis, contou com a participação da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) entre seus participantes. Desde 2020, a BBM é signatária do Acordo Universal de Padronização do Algodão organizado pelo USDA, além de ser uma das entidades mais importantes da cotonicultura brasileira. Para o evento, Bolsa enviou como representante, Roberto Cabral, que acompanhou os três dias de reunião.
O evento levantou temas importantes para a cotonicultura global. Os métodos de qualificação para o padrão de qualidade global do algodão foram o centro dessas discussões. Robert Jiang, da International Cotton Association, de Liverpool (RU), foi o intermediador, representando os signatários estrangeiros, como o Brasil. Os participantes acompanharam todo o processo de montagem do padrão de calibragem do High Volume Instrument (sigla HVI), e da caixa visual padrão. “O USDA leva muito a sério o padrão de qualidade e sabe o peso da reponsabilidade de manter a transparência para atender a toda cadeia mundial do algodão”, constatou Cabral.
Ao final do evento, foi realizada uma checagem visual de cada caixa padrão montada pelo departamento americano,. Segundo Cabral, ao todo, foram verificados 15 diferentes padrões em aproximadamente 1.900 caixas. “Fizemos a checagem visual de uma a uma, onde cada signatário pôde observar alguns padrões que estavam fora e, imediatamente, solicitavam a correção, como caule e excesso de folhas, por exemplo”, relatou o representante da BBM. Também foi aprovada a atualização do padrão First Reserve Set, uma referência de quase 40 anos na cotonicultira.
Além da atualização do padrão, todos os signatários puderam se manifestar contra ou a favor de todos os processos, desde a confecção das caixas até o fechamento das mesmas. “O processo foi bem transparente e buscou um entendimento comum para todos os envolvido na cadeia do algodão, dos às fiações”, esclareceu Cabral.
A BBM como signatária
Sendo a BBM signatária do acordo, o nome da Bolsa passou a ser levado a laboratórios em diferentes cantos do mundo, juntamente com os outros signatários no rótulo das caixas Padrões Universais de Algodão, uma referência mundial na cadeia algodoeira. A participação da BBM nesta frente contribui para garantir aos players nacionais a segurança de um representante local e isento nessa formação, representando um reconhecimento pela importante contribuição e experiência da Bolsa e das suas mais de 40 corretoras especializadas na comercialização do algodão em pluma do Brasil para dento e fora do país.