A Cargill fez uma operação logística inédita para embarcar cerca de 700 toneladas de algodão direto em contêineres no Porto de Santos no início de maio. Pela primeira vez, a empresa levou o produto já em contêineres pelo modal ferroviário em 100% do trajeto entre o estado de Mato Grosso e o maior porto da América Latina. O projeto ocorreu em parceria com os operadores ferroviários Brado e MRS e com a Maersk como operador multimodal.
A combinação do uso de contêineres e trens para esse transporte garantiu segurança para a carga, agilidade na entrega e evitou a emissão de cerca de 108 toneladas de CO2. Ao todo, foram utilizados 29 contêineres na operação, com mais de 22 toneladas cada. Cerca de 30% da carga embarcada conta com certificação BCI (Better Cotton Initiative – Iniciativa por um Algodão Melhor, em tradução livre), selo que valida a produção algodoeira sustentável.
Na avaliação de Fernando Zeferino, gerente Comercial da Cargill, essa modalidade de transporte otimiza a logística de transporte, além de reduzir a emissão de gases do efeito estufa, reforçando o compromisso da Cargill com a sustentabilidade e seu papel de conectar campo e cidade. “Em um país tão grande geograficamente e tão estratégico para a produção agrícola como é o Brasil, a logística é um desafio diário. É essencial contar com um mosaico de opções para manter o escoamento e fazer a melhor gestão possível dos recursos naturais”, celebra Zeferino.
Rondonópolis, de onde a carga saiu, está a 210 km de Cuiabá e a cerca de 1.600 km do Porto de Santos, em São Paulo. A cidade ficou conhecida a “Rainha do Algodão” nos anos 1960 e ajudou a colocar o Mato Grosso entre os maiores produtores da fibra.
A operação foi realizada em parceria com a Maersk, Brado e a MRS. Os 29 contêineres seguiram para a Ásia, portos vietnamitas Ho Chi Minh e Hai Phong.