A semana foi de comercialização mais cadenciada, com algumas tradings trabalhando um pouco no disponível, enquanto outras mostraram interesse para entrega em dezembro. Já na ponta da indústria local, a demanda foi da mão para boca. Em relação às cotações, o mercado doméstico de algodão andou descolado da Bolsa de Nova York. Na semana, houve uma desvalorização, informou a Safras Consultoria.
Na quinta-feira (19), o preço da pluma em Rondonópolis, no Mato Grosso, ficou em R$ 3,70 por libra-peso (ou R$ 122,41 por arroba). Em comparação à quinta da semana passada, quando era negociada a R$ 3,74 por libra-peso (ou R$ 123,58 por arroba), houve uma queda de 0,95%. Para o algodão colocado no armazém do CIF industrial paulista, a ideia girou em torno de R$ 3,95/libra-peso, um recuo de 0,50% em relação ao valor de R$ 3,97/libra-peso da semana anterior.
Estimativa para safra 2024/25 – Câmara Setorial
As primeiras estimativas para a safra de algodão 2024/2025 pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram divulgadas na manhã desta quarta-feira (18), durante a 76ª reunião do foro, presidido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). De acordo com o levantamento sobre os dados indicados pelas associações de produtores estaduais, a área plantada com a cultura, no país, deverá ser em torno de 7,4% maior, em relação ao ciclo 2023/2024, chegando a 2,14 milhões de hectares. Neste cenário, e considerando uma produtividade projetada em 1859 quilos de algodão beneficiado (pluma) por hectare (0,6%), a produção pode chegar a 3,97 milhões de toneladas de algodão, um crescimento aproximado de 8%.
Os números iniciais são mais otimistas do que os divulgados no dia anterior pela Conab, que projeta uma produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma, numa área de 2 milhões de hectares, com produtividade esperada de 1831 quilos por hectare. Os dados foram consolidados na 76 reunião da Câmara, que ocorreu por conferência pela internet, reunindo elos diversos da cadeia de valor, como a indústria e os exportadores.
Na oportunidade, também foram fechados os números obtidos em 2023/2024. No quinto levantamento do período, o Brasil registrou área total de 1,99 milhão de hectares, com produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma e produtividade de 1848 quilos de pluma por hectare, praticamente os mesmos divulgados no levantamento anterior, feito em junho de 2024. O estado de Mato Grosso se manteve como o maior produtor nacional, com 2,67 milhões de toneladas de algodão em pluma, colhidos numa área de 1,47 milhões de hectares, seguido pela Bahia, que colheu 679,8 mil toneladas, em 345,4 mil hectares, e por Mato Grosso do Sul, que registrou produção de 66,6 mil toneladas e área 32 mil hectares.