O mercado físico de algodão operou com baixa liquidez na semana. O comprador trabalhou de mão para boca, com algumas tradings esporadicamente demonstrando interesse para 30 dias. Os preços seguem descolados dos referenciais externos, informou a Safras Consultoria.
A pluma paga ao produtor em Rondonópolis, no Mato Grosso, na quinta-feira (05), foi de R$ 3,68 por libra-peso (ou R$ 121,77 por arroba). Em relação à quinta-feira da semana anterior, quando a pluma era negociada a R$ 3,75 por libra-peso (ou R$ 123,71 por arroba), houve uma queda de 1,81%. No CIF de São Paulo, o preço do algodão também se manteve em torno de R$ 3,93 por libra-peso, uma desvalorização de 0,51% em comparação à quinta-feira (29).
Estimativa da área em MT – IMEA
Em setembro/24, a estimativa da área do algodão em Mato Grosso para a safra 2023/24 ficou em 1,46 milhão de hectares pelo Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea), redução de 0,11% em relação ao que foi divulgado em ago/24. Apesar do recuo, a área ainda é 21,57% superior ao registrado na safra 2022/23, o incremento é reflexo da melhor rentabilidade do algodão em relação ao milho, o que estimulou os cotonicultores a investirem na cultura de segunda safra.
No que tange à produtividade média, o Instituto manteve a projeção de rendimento em 291,16 arroba/ha para o estado, redução de 6,42% em relação à média da safra 2022/23. Cabe destacar que a colheita está em andamento no estado, com 86,77% da área estimada já colhida até a última sexta-feira (30/08), e com o término dos trabalhos à campo será possível mensurar com maior precisão a real produtividade do ciclo.
Por fim, com o reajuste na área e a manutenção da produtividade, espera-se que sejam produzidas 6,39 milhões de toneladas de algodão em caroço nesta temporada, e 2,65 milhões de toneladas de pluma, volumes recordes para o estado de Mato Grosso. As informações são do boletim do Imea.