A cultura do algodão está ganhando cada vez mais importância. Em razão disso, em 2019, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) criou o Dia Mundial do Algodão, celebrado em 7 de outubro, para conscientizar a comunidade internacional sobre a contribuição da cotonicultura na economia de muitos países. Nos últimos 25 anos, o Brasil passou a ser um dos protagonistas deste cenário, se tornando o terceiro maior produtor e o maior exportador de algodão do mundo, segundo a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão). Essa performance se deve a um esforço conjunto de toda a cadeia do algodão e está relacionada a fatores como as melhores práticas de manejo e o incremento de novas tecnologias.
A Yara, líder mundial em nutrição de plantas, realizou estudos sobre a atuação do cálcio na produtividade do algodão com o objetivo de atingir maiores patamares de produtividade e garantir a saúde do solo. Um deles, conduzido na fazenda experimental da Universidade do Oeste Paulista, localizada no município de Presidente Bernardes (SP), mostrou que a disponibilidade de cálcio no solo para suprir a demanda da cultura ao longo do seu ciclo pode não ser suficiente em momentos de alta absorção. Além disso, comprovou que o nitrato de cálcio foi a fonte que proporcionou maior produtividade, com maior teor de cálcio nas folhas e flores, assim como incremento de 155% no comprimento da raiz do algodoeiro e diminuição de 21 a 50% no teor de alumínio no solo, que é tóxico para o algodão, em comparação ao controle.
Em outro estudo, realizado no Centro de Aprendizagem e Difusão Oeste da Fundação MT, em Sapezal (MT), e conduzido sob o sistema soja/algodão nas safras 2021, 2022 e 2023, os resultados indicam que o uso de fontes nitrogenadas contendo cálcio solúvel (como o YaraLiva NITRABOR), associado a fontes como o YaraBela ou YaraMila, aumenta o desenvolvimento radicular da cultura, o rendimento do algodão em caroço e a saturação por bases, diminuindo a necessidade de calagem ao longo dos anos.
“Para a cultura do algodão, o nitrogênio e o cálcio estão entre os elementos mais importantes, assim como potássio e boro. É recomendável que o cotonicultor faça análise do solo e um bom preparo dele de acordo com a região e as condições climáticas. Também deve promover irrigação regular quando possível, ter um criterioso controle de pragas, doenças e plantas daninhas e ter boa gestão nas operações de desfolha e colheita para preservar a qualidade da fibra do algodoeiro. A adoção de práticas sustentáveis na produção, como a utilização de tecnologias com menor pegada de carbono, também tem obtido cada vez mais espaço no concorrido mercado global”, comenta Diego Pelizari, Especialista Agronômico da Yara Brasil.