SÃO PAULO (Reuters) – O governo brasileiro estimou gastos de 2,3 bilhões de reais em uma primeira operação para compra de arroz importado e posterior controle de preço do produto que será vendido ao varejo, de acordo com informações em nota do Ministério da Agricultura.
A operação visa enfrentar “consequências sociais e econômicas” das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do Brasil, segundo o comunicado, que traz informações de portaria interministerial publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
A ideia do governo é evitar que eventuais perdas na safra gaúcha impactem os preços do produto básico, ainda que os produtores afirmem que a colheita estava quase toda concluída e que há oferta suficiente para atender o Brasil, sem a necessidade de importações extras.
Conforme a nota, as despesas referentes ao primeiro leilão de compra pela estatal Conab estarão limitadas a 1,7 bilhão de reais, enquanto os gastos de “equalização de preços para a venda do produto” estão estimados em 630 milhões de reais.
“Ambos os valores são exclusivos para o primeiro leilão da Conab. O produto será vendido ao consumidor final pelo preço tabelado de 4 reais por quilo…”, disse o ministério, notando que o arroz será vendido com a logomarca do governo federal.
A portaria autoriza a Conab a adquirir até 300 mil toneladas de arroz beneficiado importado.
A importação de arroz beneficiado ocorrerá por meio de leilão público por intermédio da interligação de bolsas de mercadorias, conforme aviso a ser publicado pela Conab, disse o ministério.
(Por Roberto Samora)