O mercado brasileiro de arroz segue sem grandes alterações. “Numa temporada de oferta apertada e em plena entressafra, o espaço para retrações nos referenciais de preços é pequeno”, explica o analista e consultor de Safras & Mercado, Élcio Bento. O dólar alto em relação ao real é mais um fator a favor da firmeza das cotações.
Por outro lado, uma elevação ainda mais consistente esbarra nos preços competitivos do maior exportador da América. “Atualmente, o cereal norte-americano na Bolsa de Chicago é quase 15% mais acessível que a média de preços do mercado gaúcho”, relata. “Esse spread trava as vendas de arroz gaúcho nos países andinos e na região da América Central e Caribe”, pondera.
No Rio Grande do Sul, o principal referencial nacional, os preços médios da saca de 50 quilos de grãos em casca (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) fecharam a quinta-feira (17) a R$ 118,52. Comparando com o mesmo período do mês anterior, acumulava uma leve alta (0,22%). Na comparação com igual momento do ano passado, os ganhos acumulados são de 13,9%.
O governo federal anunciou novas medidas para incentivar a produção de arroz no Brasil, incluindo a criação de Contratos de Opção de Venda (COV) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que permitirá aos produtores garantirem um preço futuro para até 500 mil toneladas de arroz da safra 2024/25.
A Conab receberá R$ 1 bilhão para adquirir arroz em casca, oferecendo contratos em leilões públicos para agricultores e cooperativas. Os vencimentos variam de julho a outubro de 2025, dependendo da região.